Copa Argentina: Independiente vence fácil; San Lorenzo com sofrimento
Na duas partidas da noite pela Copa Argentina, envolvendo as equipes grandes da primeira divisão, Estudiantes e San Lorenzo passaram por Colegiales e Villa Dálmine, respectivamente. O Rojo passou com méritos; com muitos méritos, sendo que o primeiro foi o de respeitar o seu bravo adversário e levar uma boa formação para o encontro em Salta: venceu com cara de time grande. Já o San Lorenzo sofreu muito para passar pelo Villa Dálmine, da quarta divisão. Tomou sufoco, tomou bola na trave, mas triunfou no fim das contas: venceu, mas com cara de time pequeno.
Independiente 4×0 Colegiales
Embora tenha levado um time misto para Salta, o Independiente apresentou uma formação bastante equilibrada no estádio Padre Martearena. Assim, não teve dificuldades para golear o bom conjunto do Colegiales por 4×0. Foram poucos os momentos em que o Rojo não mandou na partida. Teve o domínio fácil de um cotejo que tudo indicava que seria muito difícil. Seria. Mas o Rojo fez justamente aquilo que uma equipe grande há de fazer quando encara um rival de pequeno porte: ganhar com contundência e não deixar dúvidas acerca de sua supremacia.
Héctor Buzzi fez contra logo aos 23 minutos da primeira etapa. Dessa forma, o Rojo pode fazer um jogo tranquilo e sem precisar de grandes esforços para encontrar os espaços pela cancha. Dez minutos depois, Julián Velázquez ampliou para 2×0 e finalizou o placar da primeira etapa. E além da competência, a noite parecia ser também de sorte para os comandados de Ramón Diaz. Assim, logo aos seis minutos da etapa complementar, Diego Churín fez o terceiro gol para o conjunto de Avellaneda. Com a vida facilitada na partida, o Rojo soube administrar o placar e ainda ampliou aos 30 minutos com Braian Nieva. Triunfo merecido para quem soube deixar seus problemas de lado e se apresentar como um time grande que é diante de um pequeno. Na próxima etapa do torneio, o Rojo vai se deparar com o vencedor de Belgrano de Córdoba e Sacachispas.
Formações:
Independiente: Hilario Navarro; Cristian Baez, Julián Velázquez, Leonel Galeano; Hernán Fredes, Gabriel Valles (Adrián Argacha ), Nicolás Delmonte, Osmar Ferreyra, Lucas Villafañe (Walter Busse); Diego Churín e Facundo Parra (Braian Nieva). Técnico: Ramón Díaz.
Colegiales: Horacio Ramírez, Tomás Farina, Rodrigo Abaurre, Pablo Leguizamón Arce, Cristian Valdez (Lucas Vicente), Mariano Barale (Nicolás Torres), Luis Zeballos, Héctor Buzzi, Luis Vergara, Elías Borrego (Ramiro Fergonzi); Ángel Vildozo. Técnico: Atilio Svampa.
San Lorenzo 2×1 Villa Dálmine
Em Catamarca, o San Lorenzo passou pelo Villa Dálmine por 2×1 e também foi à etapa seguinte da Copa Argentina. Porém, ao contrário da partida de Salta, em que o Rojo deixou evidente sua superioridade sobre uma equipe do ascenso, nesta partida o Ciclón sofreu para passar pelo Villa Dálmine. O Viola saiu na frente logo aos 21 minutos com Julio Navarro. O que parecia ser um gol isolado foi, na verdade, o resultado de um surpreendente domínio da equipe da quarta divisão sobre o Ciclón. E por pouco o conjunto de Campana não ampliou o marcador. Teve chances para isso e poderia ter marcado no mínimo três gols na primeira etapa. Não marcou. E sofreu o castigo ainda no primeiro tempo, aos 40 minutos, com o gol de Nahuel Benítez para o San Loenzo: 1×1.
Na segunda etapa, tampouco parecia que o Ciclón reagiria ao domínio viola. Mas logo aos 11 minutos Salvador Reynoso virou o jogo para o conjunto de Bajo Flores. O Viola então demorou para reagir, pois acusava o golpe. Somente a partir dos últimos 15 minutos é que a equipe de Campana voltou a ameaçar o arco de Mastrolía, ainda que sem a mesma consistência da primeira etapa. Teve algumas chances. Acertou a trave. Mas não deu. A vitória foi mesmo do Ciclón. Porém, sem o mesmo mérito que o Rojo teve em sua partida diante do Colegiales. Agora o San Lorenzo vai esperar pelo vencedor de Unión Santa Fe e Chacarita para dar sequência à sua participação na Copa Argentina.
Formaciones:
San Lorenzo: Ezequiel Mastrolía; Giancarlo Carmona, Fernando Meza, Abel Luciatti, Lucas Chaparro; Leandro Navarro, Salvador Reynoso, José San Román; Gonzalo Ramírez (Emiliano Tellechea); César Lamanna (Sebastián Luna) e Nahuel Benítez (Gabriel Méndez). Técnico: Esteban Gallego-Claudio Biaggio.
Villa Dálmine: Emanuel Coesta; Ezequiel Fernández, Julio Navarro, Damián Acosta; Gastón Sánchez (Sergio Diduch), Yair Rodríguez, Renzo Pérez, Bernardo Zeballos (Fabián Unzurrunzaga); Raúl Pérez; José Manuel Cáspery e Damián Salvatierra (Mariano Gorosito). Técnico: Walter Otta.
San Lorenzo é um lixo e sempre vai ser. Tomara que caia para a B Nacional. aí eu quero ver se volta. Parece uma brincadeira um time da primeira quase apanhar de um time amador da 4 divisão. Pena que esse time do Dalmine não levou.
Alexandro, se acompanhares um pouco o futebol argentino vai perceber que o time que o San Lorenzo mandou a campo era recheado de reservas, e chamar de lixo um time dez vezes campeão da Argentina, campeão da Copa Mercosul e primeiro campeão da Copa Sul Americana ou é desconhecer muito a história do futebol portenho, ou é ser mais um comentarista de momento, que avalia a história do clube pela situação atual.
Abraços.
Valeu Márcio pelo toque. Não sou hincha do San Lorenzo, mas até me revolto com o que fazem com o clube. Acho que a expressão “lixo” seve mesmo para o momento. Mas como a matéria mesmo diz, o Rojo levou um time de respeito e detonou o Colegiales. Por que não fez o mesmo o San Lorenzo? Pelo que entendi o time não perdeu por muito pouco, se perdesse todo mundo estaria criticando agora e ninguém lembraria do time reserva. Até porque mesmo um time reserva não pode sofrer diante do Dalmine, um time que provavelmente tem muitos amadores, jogadores que tem outras profissões. Não sou daqueles que torcem para os grandes cairem pelo próprio bem do futebol argentino. Mas o San Lorenzo tá forçando a barra. É por aí que eu critiquei; mais eu acho que LIXO só aplica mesmo a situação atual e aos dirigentes. Grande abraço.
Atualmente o time do San Lorenzo não é dos melhores. A crise interna junto com um elenco de má qualidade e com jogadores que na hora H se contundem agravam o cenário do clube. A situação não seria muito diferente com o time titular, apesar de ter mudado o comando técnico. Por isso tudo, principalmente pelo atual momento, o San Lorenzo pode ser tratado como ‘lixo’ sim, apesar da grande história.
Acho que o Rojo deu mesmo o exemplo. Por que o San Lorenzo não podia fazer o mesmo. Já pensou a vergonha de perder logo na estréia? Afinal tem dinheiro na parada e no clube uma graninha vai muito bem. Só achei que faltou uma crítica mais contundente ao fato do clube ter ido com os técnicos reservas. Mais um exemplo; se já tem treinador por que ele não foi para o jogo?
Márcio e Alexandro, permitam que eu coloque minha colher nesse caldo. Entendi sua posição Márcio, mas em relação ao momento presente, é fato que o Ciclón tá abusando um tanto de nossa paciência. E por incrível que pareça, não acho que o Abdo seja o pior dos dirigentes, mas é que há uma herança no clube que…Nossa! (você deve conhecer por demonstrar intimidade com o futebol argentino de clubes). Na partida de ontem, acompanhei por uma rádio vinculada ao próprio clube. O inusitado é que os próprios radialistas pareciam torcer pelo Villa Dálmine. Foi por essas coisas do futebol que o Ciclón não foi eliminado, foi por pouco. No final, o constrangimento dos jogadores parecia o mesmo dos radialistas tamanho o merecimento do Viola em vencer a partida. Ainda que com um time reserva, não podia ser tão dominado por um plantel de atletas que além de jogadores têm outras profissões. Abraço e obrigado pelo prestígio ao site.