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Copa Argentina: Boca elimina Olimpo, nos pênaltis; Rosário Central passa fácil pelo Belgrano

Mesmo com formação reserva, Boca mostra força e elimina Oimpo, nos pênaltis

Se o torneio não parecia tão interessante no início, agora os duelos sugerem um maior acirramento dos ânimos, disputa e expectativa de título. Isto porque a tradição de equipes como Boca River e Rosário Central pedem uma maior atenção de todos. Exemplo disso será o duelo entre Boca Juniors e Central pelas quartas-de-final do torneio. As duas equipes se classificaram ontem; o Baca em Catamarca, ao bater no Olimpo; o Central, em San Juan, ao eliminar o Belgrano de Córdoba. Vejamos.

Boca Juniors 1×1 Olimpo de Bahía Blanca (11×10 nos pênaltis)

Pelas oitavas-de-final na cidade de Catamarca, Boca Juniors e Olimpo de Bahía Blanca igualaram o placar em um gol no tempo normal. Na decisão por pênaltis deu Boca, após um total de 26. Martín Rolle e Franzoia foram os destaques negativos do Aurinegro: o primeiro, por perder dois penais; o segundo, por mandar para fora a cobrança decisiva que deixou o Olimpo desclassificado do torneio. Pablo Mouche converteu a última cobrança para os xeneizes e saiu para o abraço.

Com a presença de 17.000 pessoas e uma arrecadação recorde para na Copa Argentina, Boca Juniors e Olimpo fizeram a alegria dos torcedores no estádio Bicentenário de Catamarca. No tempo normal, a partida não teve muitas emoções, já que as equipes dividem suas atenções com os outros torneios que disputam. De olho no Clausura e na Copa Libertadores de América, o técnico Julio César Falcioni levou à Catamarca um elenco bastante reserva para o duelo diante do Olimpo. Desta forma, a partida não foi das melhores principalmente no primeiro tempo.

Poderia ser bem diferente se o árbitro Pablo Díaz não invalidasse de forma equivocada o gol de Franzoia logo no início da partida. Para o árbitro, havia impedimento na jogada, o que não se constatou até mesmo para os jogadores xeneizes. O cotejo teve um ligeiro domínio do Boca na primeira etapa, embora isso não tenha sido suficiente para resultar em gols para a equipe da Ribeira.

No segundo tempo a partida foi um pouco melhor, assim como o Boca, que materializou seu domínio aos 15 minutos, com bela jogada individual e gol de Pablo Mouche. Não deu muito tempo para comemorar. Oito minutos depois, o árbitro Diaz anotou pênalti polêmico para o Olimpo, que Rolle tratou de converter e empatar o duelo. A partir daí, as equipes se acomodaram um pouco e a igualdade permaneceu ata o apito final de Díaz. O que levou a decisão para os pênaltis.

Foram um total de 26 cobranças. Chávez, para o Boca, e Rolle, para o Olimpo, perderam as duas cobranças que fizeram. O placar já marcava 10×10 nos pênaltis quando Franzoia errou a 25ª cobrança e deu a chance para Mouche levar o Boca Juniors às quartas-de-final da Copa Argentina. Na disputa por uma vaga nas semifinais, os xeneizes vão ter de encarar o Rosário Central, que despachou o Belgrano de Córdoba, em San Juan.

Rosário Central 2×1 Belgrano de Córdoba

Jogadores canallas comemoram vitória sobre Belgrano. Equipe se candidata ao título

No estádio Bicentenário de San Juna, o Central despachou o Belgrano por 2×1 e se classificou às quartas-de-final da Copa Argentina. Em uma atitude clara de valorização do torneio, o Canalla foi a campo com sua formação titular, enquanto o Belgrano mesclou titulares com reservas. O resultado final foi justo, pois o conjunto de Rosário foi superior. Porém a partida não foi das melhores tecnicamente.

O primeiro tempo foi de dar sono. Com muitas disputas na meia cancha e com pouca atitude ofensiva, principalmente do Belgrano, o embate ficou no zero e deixou as possíveis emoções para a etapa complementar.

No segundo tempo, o Central continuou melhor em campo e chegou ao gol com Rivarola aos 12 minutos. Após levar o gol, o Pirata tentou sair para o desconto, mas só conseguiu pressionar o Canalla nos minutos finais. Em meio à sua pressão, Castillejos anotou o segundo tento canalla, após uma rara e interessante jogada individual do artilheiro rosarino. Foi então que o impossível quase aconteceu. Aos 48, apareceu Federico Almerares para descontar para o Pirata. Dois minutos depois, o próprio Almerares se valeu de um cruzamento e quase empatou de cabeça.

Mas o resultado ficou mesmo no 2×1 e o Canalla avançou mais um passo rumo à conquista da Copa Argentina. Considerando que as outras equipes priorizam outros torneios e que o técnico Juan Antonio Pizzi deixou claro que pretende chegar ao título, é bem capaz que o Canalla possa passar pelo Boca e se tornar ainda mais favorito à conquista da primeira edição da nova Copa Argentina de futebol.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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