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Copa América, Chicago e Argentina: Uma série de más recordações

Chicago não traz boas lembranças à seleção argentina. Não por conta da falta de segurança que assustou os hermanos com uma fã tentando abraçar Lionel Messi – que na verdade o arranhou – as vésperas do duelo contra o Panamá (jogo hoje, às 22h30, com transmissão do Sportv). Mas sim por conta da última aparição dos argentinos àquela cidade. Há 17 anos e um dia, a Argentina apenas empatava com o México por 2×2 em um jogo preparatório para a Copa América daquele ano.

Talvez fosse um prenúncio do que seria a competição continental dias depois, com a Argentina classificando em segundo de seu grupo graças a uma derrota por 3-0 para a Colômbia, no jogo que ficou conhecido por Martín Palermo ter perdido três pênaltis em um mesmo dia. Saiu eliminada nas quartas de final para o Brasil, uma derrota de virada por 2-1, com gols de Ronaldo e Rivaldo. Sorín marcara no começo da partida.

Um mês antes da eliminação para o Brasil, a Argentina sofria para empatar com o México no Solder Field, mesmo estádio que o time de Gerardo Martino enfrentará hoje o Panamá. No primeiro tempo, o time jogava mal. Até que o mesmo Sorín, que marcaria um gol contra o Brasil no mês seguinte, foi expulso. O jogo que estava 1-1 naquela situação, com gols de Luis Hernandes (México) e Julio Cruz (Argentina), curiosamente ficou favorável aos argentinos.

As reportagens da época, pasmem, falava de uma atuação fraca de Cholo Simeone, principalmente nas coberturas e com a posse de bola. Questionava Bielsa por conta da falta de ideias para superar os mexicanos, que por sua vez eram inteligentes. E claro, as tradicionais críticas ao sistema defensivo argentino, culpado pelo gol de Hernandez.

O mesmo se falava de Pandolfi, que não conseguia obter uma boa recuperação de bolas e não conseguia armar o jogo. Tanto que um dos destaques foi o ingresso de Guglielminpietro (ex-Gimnasia) na vaga de Pandolfi. Além disso, improvisou Zanetti na esquerda e Killy González ao lado de Cholo. Assim, conseguiram a virada com gol de Gustavo Lopez.

Com o gol, o time recuou. E acabou tomando o gol de empate graças a uma saída grotesca de Burgos, para delírio dos mexicanos, maioria no estádio apesar de estarem na parte norte dos Estados Unidos. E ainda poderia ser pior, já que a arbitragem deixou de marcar um pênalti para o México após falta de Ayala em Hernández.

De volta para o futuro
E o que esperar de hoje, 17 anos depois daquela fraca atuação? O adversário é mais frágil e esse é um ponto a se comemorar. Mas não nos esqueçamos que esse mesmo Panamá, há três anos, por muito pouco não tirou o México da repescagem. E no ano passado só não foram para a final da Copa Ouro por terem sido roubados diante do México. Hoje está em segundo lugar de seu grupo nas Eliminatórias para 2018 e deve se classificar para o hexagonal final.

Os panamenhos, assim como os argentinos, venceram na primeira rodada (2-1 na Bolívia) e um empate hoje pode ajudar bastante o time a sonhar com uma vaga nas quartas de final. A Argentina, entretanto, é plena favorita para esse confronto.

Caso vença, bem possivelmente sacramentará a sua classificação à próxima fase. Não deve ter Lionel Messi desde o começo do confronto. O jogador se recupera de uma contusão nas costas, mas será relacionado e entrar por alguns minutos em campo. Assim, Gaitán deve permanecer entre os titulares, mantendo a mesma formação da estreia contra o Chile.

Possíveis formações
Argentina
Sergio Romero; Gabriel Mercado, Nicolás Otamendi, Ramiro Funes Mori, Marcos Rojo; Augusto Fernández, Javier Mascherano, Éver Banega; Nicolás Gaitán, Gonzalo Higuaín e Ángel Di María.
Técnico: Gerardo Martino.

Panamá
Jaime Penedo; Adolfo Machado, Felipe Baloy, Roderick Miller, Luis Henríquez; Gabriel Gómez, Valentín Pimentel, Aníbal Godoy, Armando Cooper; Alberto Quintero e Blas Pérez.
Técnico: Hernán Gómez.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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