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Como chega o River Plate para o duelo contra o Athletico PR

Um dos principais protagonistas do futebol sul-americano dos últimos anos, o River Plate volta a Libertadores tentando recuperar o título perdido nos minutos finais no ano passado e alcançar a sua quinta Glória Eterna. E o primeiro duelo das oitavas de final será contra o Athletico PR, às 19h15 desta terça-feira (24/11).

Diferentemente do rival Racing, que enfrenta o Flamengo às 21h30, a equipe Millonaria chega embalada para a competição nacional. Mesmo com uma vaga garantida na Libertadores do ano que vem, o clube tem levado a sério a Copa LFP. Em quatro partidas, venceu as últimas três, sendo a última na sexta-feira, por 2×0 sobre o Banfield.

Além disso, Marcelo Gallardo terá todos os jogadores a sua disposição. Sem casos de Covid-19, sem lesões, diferentemente do rival Athletico, que teve seis casos de coronavírus confirmados nesta segunda-feira, véspera do confronto da Libertadores.

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Sem o Monumental de Núñez

O único problema para o River Plate para esta sequência da Libertadores é o Monumental de Núñez. O estádio passa por uma ampla reforma, com a pista de atletismo, que dava a impressão de ser uma cancha fria, deixando de existir.

Além disso, o gramado será rebaixado, assim como aconteceu com o novo Maracanã (e diversos estádios utilizados na Copa do Mundo no Brasil). A ideia é que futuramente o Monumental possa ter arquibancadas mais próximas do campo.

Enquanto isso, o time manda seus jogos no estádio do Independiente, o Libertadores de América.

Retrospecto positivo

Por conta da pandemia e da pausa no futebol argentino, o River Plate entrou em campo somente em 18 jogos nesta temporada. Bem diferente do rival desta noite em Curitiba, que só pelo Brasileirão entrou em campo em 22 oportunidades.

Independentemente do número de partidas em questão, o River Plate possui um excelente prognóstico: foram somente duas derrotas. Uma pela Libertadores, na altitude de Quito, por 3×0, ainda na primeira rodada da competição, e a última para o Banfield, por 3×1. Ambas as derrotas foram com o time completo.

Pela Copa LFP, torneio que retomou o futebol na Argentina durante a pandemia, o River Plate está em segundo lugar em seu grupo e com grandes chances de obter a classificação à próxima fase. Na última rodada, entrou em campo com um time misto, uma vez que diversos jogadores estavam com as suas seleções por conta das Eliminatórias. Nada de sobrecarregar os atletas, mesmo com um número de jogos menor do que os times brasileiros na temporada.

Como joga o River Plate?

Desde 2013 à frente do River Plate, Marcelo Gallardo tornou o River Plate uma equipe vencedora, principalmente no âmbito continental. Se na Argentina foram apenas três Copas e um campeonato nacional, na América do Sul foram duas Libertadores, três Recopas, uma Sul-Americana. E, de brinde, uma Copa Suruga Bank contra o campeão japonês.

O estilo de jogo não mudou. Só melhorou. O River Plate gosta de ter a posse de bola, assim como também possui boas ligações diretas entre os meias e seus atacantes. Por mais irônico que possa parecer, principalmente após a decisão do ano passado, o River é um time que sabe segurar o resultado quando está vencendo.

Além disso, possui uma versatilidade tática. Para o confronto contra o Athletico PR, Marcelo Gallardo pode optar como linhas defensivas com quatro ou cinco jogadores, assim como consegue jogar com dois ou três atacantes. Muito por conta do tempo de trabalho que o clube teve nos últimos anos.

Por gostar de ficar com a bola, é normal ver o time dominando o meio campo, buscando as melhores oportunidades para finalizar de fora da área (37% dos gols) ou levar a bola para dentro da grande área, na qual o clube demonstra ser fatal (57% dos gols). No campeonato argentino, o River possui uma média de 10 finalizações dentro da área. Algo para o Furacão ficar de olho aberto.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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