Se existe um clube na Argentina que está incomodado com a série de troféus conquistados pelo seu rival, este é o Boca Juniors. Praticamente hegemônico na década passada, o clube viu o River Plate obter títulos atrás de títulos. São eliminações dolorosas, perda na final de uma Libertadores. O que deixa o clube com mais vontade de obter a sétima taça da Libertadores nesta temporada. Sem contar que uma vitória em homenagem a Diego Maradona está mais do que nos planos da equipe.
Pior para o Internacional, rival do Boca Juniors nesta quarta-feira (02/12), pelas oitavas de final da Libertadores da América. Não bastasse essa vontade exacerbada do clube argentino, o Inter vive um dos piores momentos na temporada, com perda de treinador, elenco desgastado e desfalcado.
Diferentemente do Xeneizes, que nas últimas semanas voltou seu foco para a competição continental. Tanto que Carlos Tévez, uma das principais figuras da equipe, não entrou em campo na partida contra o Talleres, no sábado anterior, antes da suspensão da partida por conta do falecimento de Diego Maradona. Além disso, o atacante tem como principal meta conquistar novamente a América para encerrar a sua carreira.
O Boca Juniors chega à competição continental como detentor do último campeonato argentino – o que já garante a participação do clube na temporada que vem. E o título veio com resquícios de sofrimento e drama. Algo bem comum aos portenhos do bairro de La Boca.
Com um golaço de Tévez, aos 72 minutos de jogo, o time ainda tinha que secar o River Plate. E deu certo. O empate em 0 x 0 do Millo em Tucumán garantiu ao Boca o seu 47º título nacional.
Daquela equipe, somente um jogador não fazem mais parte da equipe: o zagueiro Junior Alonso foi contratado pelo Atlético MG, a pedido de Sampaoli. Eduardo Salvio, titular absoluto naquela campanha é dúvida para a partida desta quarta-feira por conta de problemas musculares.
As atenções para a Libertadores são totais. E não de agora. Após longas temporadas sofrendo na fase de grupos, o Boca Juniors sobrou no seu grupo e conquistou 14 pontos dos 18 possíveis na primeira fase. Sofreu apenas um gol e marcou dez vezes. O favoritismo não é à toa.
Na disputa do atual torneio argentino, o Boca iniciou bem: foram duas vitórias sobre Lanús e Newell’s. Com um veterano Tévez inspirado no auge dos seus 36 anos, o time obteve importantes vitórias quando esteve com o time titular.
Entretanto, nas duas últimas rodadas da Copa LFP, já com alguns jogadores sendo poupados, foram duas derrotas. Mesmo jogando na Bombonera, viu um Talleres bem superior e controlando a partida. Das 12 finalizações tentadas, nenhuma grande oportunidade. Ao fim do jogo, ainda perdeu Obando e Carlos Izquierdoz para o duelo de volta contra o Lanús.
Sem Carlos Tévez e com uma linha defensiva totalmente do que irá utilizar contra o Internacional, o Boca acabou perdendo por 2×1 para o Lanús. Por mais que o resultado demonstre o contrário, os Xeneizes foram dominantes no jogo, criaram mais oportunidades, mas pecaram nas finalizações.
É difícil encontrar fraquezas na atual equipe do Boca, principalmente pelas partidas apresentadas na Copa Libertadores. A impressão inicial, na estreia no torneio contra o Caracas, deixou, em março deste ano, até deixou uma pulga atrás da orelha do torcedor. Mas desde o empate em 1×1, com um time misto – já que também estava com atenções voltadas para o campeonato argentino, o Boca não sofreu mais gols na Libertadores.
Os contra-ataques e o poder de criatividade de jogadores como Tévez e Salvio são um dos fatores que poderão dificultar a vida do Internacional. Caso Salvio comece entre os titulares, é bem provável que as jogadas serão criadas de forma mais categórica pelo lado direito. Algo que Uendel e Zé Gabriel (substituto de Cuesta, suspenso) terão que ficar bem atentos.
Além disso, o Boca gosta de ter a posse de bola. Nos últimos jogos desta temporada, só foi dominado pelo Talleres. Nas demais, teve um excelente aproveitamento de acerto nos passes e foi dominante nas bolas aéreas.
E não podemos deixar de enaltecer o excelente momento de Carlos Tévez. Poupado no último jogo do Argentino, o ex-atacante do Corinthians gosta de crescer em momentos como a Libertadores. Nesta temporada, já foram dez gols marcados. Além disso, há outros fatores motivadores que podem culminar com uma aposentadoria do craque.
Segundo informações da ESPN Argentina, a aposentadoria viria ou ao fim do ano ou após a Copa Libertadores. O jornalista Marcelo Benedetto garantiu que Tévez possui uma cláusula em seu contrato atual que permite a saída do clube quando o Boca sair do torneio continental. Tévez nega. Mas não deixa de ser mais um fator motivacional a mais da carreira do atacante para terminar sua carreira com um título da Libertadores.
A morte de Diego Maradona pegou todos de surpresa. Ídolo do Boca Juniors, o ex-jogador foi homenageado no último fim de semana na Bombenera, tendo sua filha Dalma Maradona como protagonista no camarote do Pibe. Hoje, mais do que nunca, existe a ideia de conquistar esse título continental para homenagear o craque – principalmente por ser o único torneio que valha alguma coisa em andamento para a equipe de La Boca após a morte de Maradona. Logo, espera-se uma entrega dos jogadores além do normal para a conquista de mais um troféu continental.
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