Com quatro derrotas seguidas, Russo está na corda bamba
As duas vitórias no começo do campeonato trouxeram ao Racing Club a expectativa de voltar brigar pelo título nacional ou, ao menos, conquistar uma vaga na Taça Libertadores. Mas o futuro se mostrou pouco animador.
Com quatro derrotas seguidas e um futebol abaixo do esperado, o Racing vive dias de incerteza e já debate entre duas opções muito conhecidas no dia-a-dia do clube: dar um pouco mais de crédito ao atual treinador, Miguel Angel Russo, ou colocar avisos buscando candidatos a ocupar o instável cargo albiceleste. Durante a derrota para o Estudiantes por 2-0, a torcida da Academia já deu o seu veredicto: “andate Russo a la p* que te p*”.
Para definir o futuro do clube, após a derrota para o Estudiantes, o elenco, o treinador e o presidente, Rodolfo Molina, estiveram reunidos no vestiário por cerca de uma hora. Os jogadores saíram abatidos e sem conceder entrevistas. Russo evitou falar sobre sua permanência no domingo. De toda maneira, não houve indícios de que o treinador será demitido imediatamente e tudo indica que ele terá mais uma partida para se manter no cargo.
Contudo, na tarde desta segunda-feira, o comandante afirmou que em nenhum momento pediu para renunciar ao cargo técnico da Academia. “Eu não penso em esse tipo de coisas. Penso dar continuidade aqui e tentar elevar a moral dos jogadores. Esses ciclos (de demissões) acontecem sempre no Racing e estamos lutando para que não ocorra novamente”, agregou o comandante.
De certa forma, Russo tem razção. A última vez que o Racing perdeu quatro partidas seguidas foi sob o comando do técnico Pepe Llop (entre o Apertura 08’ e o Clausura 09’), que acabou por ser demitido pela série negativa. Por um pouco menos, com três derrotas consecutivas, também demitiram Caruso Lombardi e Cláudio Vivas.
Balançando e se equilibrando, diante do Lanús, na sexta-feira, as 21:20, Russo provavelmente terá sua última chance para remendar a corda e mostrar porque até pouco tempo atrás sonhava em ser o sucessor de Maradona.