Análise – Com mudanças pontuais Argentina chega à semifinal da Copa

Com três mudanças em relação à vitória sobre a Suiça nas oitavas, a Argentina entrou em campo contra a Bélgica em Brasília neste sábado. Basanta, Demichelis e Biglia substituiram Rojo, suspenso, Fernández e Gago. Mudanças pontuais, na medida, para que a Argentina alcançasse a classificação para a semifinal da Copa.

A postura tática foi mantida, o 4-4-1-1 com Lavezzi na esquerda dedicado em atacar e marcar pela faixa média do campo. Basanta atuou como lateral defensivo e cumpriu o objetivo, anulou a maioria das jogadas da Bélgica pelo setor esquerdo. Com quatro desarmes, o zagueiro do Monterrey foi o melhor argentino no quesito e um dos destaques da equipe.

Mapa de calor de Basanta na partida – poucos avanços ao ataque credenciam Basanta como um zagueiro preso na lateral. Fonte: Footstats

A Bélgica assustava nas bolas aéreas, e aí veio a importância de Demichelis, preciso pelo alto na sociedade com Garay. Solidez defensiva da Albiceleste, segura após o gol de Higuaín e com prontidão para substituir Di Maria, lesionado. Enzo Pérez, eleito o melhor jogador da Liga Portuguesa 2013/2014 não apareceu tanto com a bola nos pés, mas ocupou bem os espaços pelo lado direito, realizou 3 desarmes e puxou dois bons contragolpes. Um deles quase terminou em mais um gol de Higuaín, muito ativo no ataque em sua melhor partida na Copa.

 

Sem afobação, a Argentina soube administrar o jogo. Biglia foi um dos responsáveis pela melhora no passe e rápida recomposição pela direita. Hazard não rendeu, era dobrado na marcação em muitos instantes por Zabaleta e Biglia. O 4-4-2 estava armado, pronto para contragolpear e esperar o fim do jogo. E a tendência é que a estratégia seja mantida contra a Holanda, porém com maior busca do manejo da bola, já que a Laranja tem demonstrado nesse Mundial uma postura muito clara em contragolpear sobretudo.

Aguero estará à disposição de Sabella nesta quarta, no banco de reservas, e Rojo deve voltar para a titularidade, possivelmente na árdua função de marcar Robben pela esquerda. Tratando-se de Holanda nesta competição, a equipe de Sabella precisará contar muito com a compactação dos setores e domínio da bola para evitar que a Holanda imprima velocidade com espaço. Messi foi o jogador que mais teve a posse de bola diante da Bélgica(8%), chamou o jogo para si e foi muito importante na manutenção da postura cautelosa e sólida da equipe. Repetir o feito pode ser fundamental para que a Argentina volte a vencer na Copa.

Júnior Marques

Sul-matogrossense Bacharel em Esporte pela Universidade Estadual de Londrina. Preparação Física e Cardiologia. Gabriel Batistuta nas peladas de infância, Hincha Albiceleste!

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