O duelo entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo entre seleções, que foi tão badalado pela imprensa antes do jogo, chegando a colocar tal partida como decisiva para ver quem seria o bola de ouro da temporada, durou apenas 45 minutos. Ambos os jogadores foram substituídos após o intervalo na vitória por 1×0 de Portugal, em Manchester. Esse foi o último amistoso de ambas as seleções em 2014.
No tempo em que ambos estiveram em campo, melhor para o argentino. Apesar de não marcar gols, o camisa 10 da Seleção Argentina criou mais, buscou mais o jogo e foi mais efetivo. Já o lusitano teve uma boa chance, mas preferiu o preciosismo ao invés da simplicidade. Acabou driblando demais e finalizando de menos, impedindo um resultado melhor contra os vice-campeões do Mundo.
A Argentina, por sinal, foi dominante o jogo todo. E muito devido à entrada de três jogadores ao time titular em relação ao jogo passado, contra a Croácia. Lucas Biglia acabou sendo o principal ‘sócio’ de Lionel Messi no ataque, com direito a tabelinha entre ambos. Na marcação, também se mostrou mais sólido, diferentemente de Evér Banega, que deixou várias brechas na partida passada.
Outro responsável pelo bom futebol argentino nos 45 primeiros minutos de jogo foi Javier Pastore. Preterido por Sabella para a Copa do Mundo, mesmo num bom momento no PSG, o meia atuou numa posição parecida com a que surgiu no Huracán, sempre como elemento surpresa. Por muito pouco não deixou a sua marca após cruzamento de Roncaglia, outro destaque do primeiro tempo.
Defensivamente, a Argentina pouco sofreu. Guzmán, que entrou na vaga de Romero, pouco viu a cor da bola. A melhor chance de Portugal foi aos 29 minutos. Cristiano Ronaldo recebeu na ponta esquerda, driblou Biglia em duas oportunidades e Roncaglia em outra, mas acabou desequilibrando e pegando mal na bola. Aos 42, Cristiano Ronaldo, novamente, tentou pegar uma sobra da defesa argentina e acertou em cheio o volante Lucas Biglia na barriga.
A falta de Cristiano Ronaldo, por sinal, não foi o único lance violento. Antes, Dí María acabou recebendo uma falta dura de Nani, aos 18 minutos, e chegou a se cogitar a substituição do argentino. Aos 25 foi a vez Bruno Alves deixar o braço no rosto de Lucas Biglia, fora do lance de jogo. Cinco minutos mais tarde, Biglia entrou forte em Cristiano Ronaldo, após chegar atrasado e acabou recebendo o primeiro amarelo. No lance seguinte foi a vez de João Moutinho pegar Pastore, próximo da área, e também receber o amarelo.
O segundo tempo, por sua vez, teve pouca violência e pouco futebol. Sem a presença de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, substituídos no intervalo, a partida foi uma caixa de testes para ambos os treinadores. Retrato disso é que quando a Argentina começava a demonstrar um melhor futebol, sob os cuidados de Dí Maria, o jogador foi substituído. O atacante a partir dos 15 minutos do segundo tempo foi formador por Gaítan, Tévez e Lamela.
A melhor chance da segunda etapa saiu aos 18 minutos, após um passe na medida de Mascherano para Gaítan. O jogador do Benfica tentou o cabeceio por cima de Beto, mas não acertou a meta. Com as saídas de Pastore e Ansaldi, a Argentina ficou ainda mais desmanchada, com poucas oportunidades de gols para ambos os times.
Contudo, aos 46 minutos de jogo, Portugal conseguiu o gol da vitória. Após uma falha bizonha da defesa, Raphael Guerrero tentou toque com Éder, mas a bola acabou desviando para a lateral. Quaresma acertou o cruzamento na cabeça de Guerrero, livre, sem marcação alguma da defesa argentina, marcando o único gol do jogo.
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