Com gols de “rebeldes”, Boca se recupera e vence o Newell’s
Ironias do futebol. Justamente os pivôs da crise interna entre o elenco e o técnico foram os responsáveis diretos pela vitória e pela liderança momentânea no Clausura 2012. Cvitanich no primeiro tempo e Riquelme no segundo. Com isso, não só Julio César Falcioni agradece, como também toda a hinchada do Boca Juniors, pelo triunfo sobre o Newell’s Old Boys, na Bombonera, por 2 x 0.
Apesar do hiato de três partidas sem marcar, os Xeneizes se recuperaram a tempo de chegar a ponta do torneio (pelo menos até o jogo do Lanús contra o San Martin nesta segunda), n0 34º jogo invicto, sendo 22 sem sequer levar gols. Uma liderança dividida com Vélez e Tigre, mas ainda sim na ponta. Quanto aos Leprosos, não repetiram o brilho de quando foram campeões em 91, também com Gerardo Martino de técnico, e seguem olhando para a Promoción com cuidado.
De volta à La Bombonera, os onze de Falcioni decidiram por uma atitude ofensiva mais firme em comparação aos últimos três empates. Não era suficiente para causar perigo à Peratta o tempo inteiro, pois a marcação dos visitantes protegia bem a grande área. Logo, Riquelme, Clemente Rodriguez e Rivero recorriam aos cruzamentos, e num deles, Insaurralde quase marcou contra o ex-time, aos 28 do primeiro tempo.
Mesmo sem maior posse de bola, aos poucos o Newell’s ganhava espaço e se arriscava no ataque. A arma principal era a marcação na saída de bola, para encarar a sólida defesa anfitriã desarmada. Assim como o ex-companheiro, Urruti também teve suas chances pelo alto, só que não venceu Orión.
Porém, justo neste momento em que os rubronegros cresciam em campo, o time da casa buscou na raça e na desatenção da defesa rival para abrir o placar. Mais uma das ironias citadas acima. No início, Cvitanich brigou contra Pellerano e Mateo para ganhar um lateral. Disso, saiu o cruzamento de Clemente para ele em seguida, que emendou de primeira para as redes: 1 x 0, aos 44 minutos.
Duro golpe para Tata Martino e sua trupe antes do intervalo. Tanto que, na volta dos vestiários, o ímpeto de buscar o empate até existia, mas não era tão forte quanto no fim do primeiro tempo. Ganharam mais espaço nas linhas adversárias, só que por produto do conhecido comodismo de Falcioni assim que consegue um gol.
No melhor e raro momento em que Riquelme conseguiu um perigo de gol no segundo tempo, o árbitro Carlos Maglio marca falta no lance anterior, em Pablo Mouche. Eis que o Diez do Boca precisou relembrar ao país sobre uma de suas maiores especialidades: cobrança de tiro livre. Ele aproveitou um descuído de Peratta e chutou no contrapé do arquero do Newell’s Old Boys: 2 x0, placar final.
BOCA JUNIORS: Orión; Sosa, Caruzzo, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero (Ledesma), Somoza e Erviti (Sánchez Miño); Riquelme; Mouche (Chávez) e Cvitanich. DT: Júlio César Falcioni.
NEWELL’S OLD BOYS: Peratta; Vergini, Pellerano, Victor Lopez e Domínguez (Tonso); Mateo, Bernardi, Vangioni e Figueroa (Noir); Sperdutti e Urruti (Aquino). DT: Gerardo Martino.
Próximos confrontos: San Lorenzo x Boca; Newell’s x Belgrano
incrível como o Boca com Clemente é outro. Principalmente no setor ofensivo. Riquelme mostrou que ainda decide. Schiavi fez falta, ao meu ver.
A queda de nob e irreversible. Muito cerca da Promoción.
Incrível mesmo é como a imprensa fica procurando pêlo em ovo… É claro que a renúncia insinuada na Venezuela pegou muito mal no elenco, mas daí a insinuar que o time faria a cama do treinador vai uma enorme distância. Aliás, se os jogadores realmente querem isso, estão disfarçando muito bem.
A defesa há muito tempo não inspirava tanta confiança, mesmo com desfalques. Mas falta mais profundidade, mais chegadas de gol, algo inviável com Mouche como titular absoluto. Menos mal que na Copa o titular é o Silva…