“O Clássico” português de ontem deve ter sido o de maior carga emocional. Exatamente uma semana após o Benfica, Portugal e o futebol ficarem órfãos de Eusébio, o clube “encarnado”, em tarde cheia de homenagens ao Pantera, soube realizar a melhor possível: com retrospecto cada vez mais favorável ao arquirrival Porto, venceu-o no fechamento do primeiro turno e, em dérbi que valeria a liderança isolada, garantiu-a. O triunfo foi sacramentado com “golo” argentino: do zagueiro Garay, a ser titular na Copa 2014 e cada vez mais pretendido pelo Manchester United.
Com o futebol argentino fazendo sua pausa de verão, os resultados de futebol no mundo teve foco maior do público hermano esteve fora do país. O poderoso Barcelona e o espetacular Atlético de Madrid, com o ineditismo de cada um estar comandado por um técnico argentino (Gerardo Martino e Diego Simeone), se enfrentaram ontem na capital espanhola em clássico historicamente de menor porte, mas que para ambos valia a liderança ao fim do primeiro turno espanhol; ficaram no 0-0. Já hoje Lionel Messi tem possibilidade, ainda que pouco realista, de ser escolhido novamente o melhor do mundo, pela quinta vez – consecutiva.
Mas outro fator do último fim de semana também tinha motivos extras para atiçar olhares dos fãs argentinos. O campeonato português entrava na última rodada do primeiro turno com a liderança igualada entre os Três Grandes, cada um com um argentino que pode figurar na Copa 2014: Ezequiel Garay, do Benfica, e Marcos Rojo, do Sporting, parecem confirmados, enquanto Nicolás Otamendi, do Porto, reapareceu na seleção no fim do ano passado e pode ser uma aposta devido ao seu bom futebol nas últimas partidas A rodada previa um clássico entre benfiquistas e portistas no Estádio da Luz, em Lisboa.
No ano passado, um dérbi entre eles na penúltima rodada vencido no fim da partida pelo Porto praticamente entregou-lhe um título “encarnado” que parecia ganho. O clássico de ontem, mais do que uma revanche, valia a honra de homenagear Eusébio, que por sinal adorava marcar contra os alviazuis: foram 25 gols dele em 33 jogos contra o rival. Em dia onde o Pantera reapareceu de diferentes formas no encontro – em bandeiras, nos gritos dos “adeptos”, no luto das braçadeiras e com o nome nas costas de todas as “camisolas” benfiquistas -, o Porto voltou a ser um fácil freguês das “Águias”.
Se depender desse clássico, aliás, Otamendi terá dificuldades para convencer Alejandro Sabella: teve atuação descrita como “buraco” pela mídia lusitana, com passes errados e falhas de posicionamento. Com um “golo” logo no início, do hispano-brasileiro Rodrigo após boa jogada de Lazar Marković, os mandantes concretizaram seu domínio. O primeiro tempo não foi tão movimentado, mas mal começou o segundo e a mão do portista Mangala desviou dentro da grande área cabeceio de Nemanja Matić.
Antes que um pênalti fosse assinalado, uma jogada argentina fez justiça ao Benfica e pôs os 2-0 após cruzamento de Enzo Pérez para Garay bater o ex-vascaíno Helton. No decorrer da etapa, o Porto conseguiu empregar maior intensidade ao jogo, tanto que terminaria com 60% de posse de bola. Mas, em um dia em que seu melhor jogador foi um reaparecido Ricardo Quaresma, o “Dragão”, também atrapalhado pelo árbitro, diga-se (o juiz também não marcou um pênalti aos visitantes, de Garay em Quaresma, e não aplicou a lei de vantagem favorável a um contra-ataque em que o colombiano Jackson Martínez estava livre), não foi páreo contra uma “equipa” de onze Eusébios.
*Não deixe de conferir especial que lançamos há uma semana em homenagem ao Pantera, sobre argentinos de sucesso em Portugal: clique aqui.
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