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Com 10 homens, Central joga bem, mas empata com Chacarita em Villa Maipú

Com um homem a menos Central fez bela partida em Villa Maipú

Em partida movimentada na Villa Maipú, Chacarita Juniors e Rosário Central igualaram em 1×1. O Chaca demonstrou um jogo leve e rápido pela influência do treinador De La Riva. Foi bem na partida, mas não foi melhor que o Canalla. Aos 39 do primeiro tempo, o Central perdeu seu lateral-esquerdo Delgado, expulso de forma exagerada pelo árbitro Carlos Maglio. Em vez de se abater, o Canalla tomou conta da partida e realizou uma grande apresentação na cancha do Funebrero. O resultado final premiou a valentia do Chaca, mas não justificou o bom futebol do competente conjunto de Rosário.

Até os 15 primeiros minutos só deu Chaca. Saídas rápidas pelo meio e pelas pontas, principalmente pela esquerda. Foram ao menos três boas situações. Porém, era na bola parada que levava mais perigo ao arco de Broun. Em uma jogada, aos 14, o porteiro canalla saiu mal e a pelota sobrou para Pena, que a enviou com perigo e à direita do arco. O toque de bola funebrero já é um efeito positivo do recente comando de De La Riva no clube de Villa Maipú. Um toque rápido, preciso e com articulação. Um bom toque de bola que incorpora os dois flancos do campo. Por vezes, através de bola virada de um lado a outro, demonstrando a boa preparação do conjunto funebrero nos treinamentos da semana. O Central sofria para achar o rival e ficou por 15 minutos sofrendo.

A partir daí a correlação de forças mudou dentro da cancha. Uma das vantagens da equipe de Pizzi é a disposição e entrega física de seus jogadores. Ao se defender, o Canalla reúne até 10 homens no campo de defesa, deixando apenas Castillejos na altura do meio-de-campo. Nas bolas paradas, “el Chalo” também recua para ser tornar mais um dos defensores do arco de Broun. Por sua vez, ao chegar no ataque, o Canalla leva um bom números de jogadores. Sob o comando de ataque de Castillejos a equipe recebe os demais atacantes e também o apoio de alguns homens do meio-de-campo, além das presenças de Ferrari pela esquerda e Delgado pela direita. Um espetáculo de dedicação.

O problema é que ao se defender o Canalla consegue uma excelente compactação que não se reproduz no ataque. Por isso, entre outras, é que a equipe não consegue tantas chances de gol. Conseguiu uma delas aos 37. Rivero alçou para Casillejos que cabeceou e colocou Medina na cara do gol. O arremate foi bom, mas a pelota acertou a trave direita de Tauber e se fo à linha de fundo. Fim do primeiro tempo: 0x0 em Villa Maipú.

Na segunda etapa, o Central começou com um homem a menos. É que aos 39 minutos da etapa inicial Delgado foi expulso em jogada de pouca prudência. No lugar do cartão amarelo, o árbitro se equivocou e deu o vermelho. Mas a fome de liderança do Canalla não está para brincadeira. O time resolveu buscar a vitória já nos primeiros minutos. Conseguiu. E foi naquelas típicas jogadas de uma equipe técnica e bem dirigida. Logo aos 5, Mozzo deu ótimo passe para Medina no costado direito da zaga; no arremate rasteiro para o gol o arqueiro Tauber defendeu parcialmente e Castillejos botou a pelota no arco: 1×0 Central.

A vantagem não durou muito tempo. Aos 13, após cobrança de falta, a pelota foi levantada para a área e a defesa do Central afastou mal. Ela sobrou para o melhor jogador funebrero na partida: Piris, que acertou um forte tiro cruzado no canto direito de Broun: 1×1.

O cotejo ficou equilibrado e aberto. Chances de um lado e chances do outro. Mas ficou um cotejo perigoso para o Canalla. Buscando a vitória e atuando com um homem a menos, o time perdeu a compactação na defesa. O que permitiu aos jogadores do Chaca que arrematassem de fora da área e com uma marcação enfraquecida. Contudo, isso pouco importava diante do volume de jogo do Central. Atuando melhor que no primeiro tempo o time de Rosário mandou na partida no segundo tempo. Aos 32 minutos, Mozzo cabeceou no canto direito baixo de Tauber, mas o arqueiro funebrero fez excelente intervenção e salvou o Tricolor de Villa Maipú. Mais duas vezes o Canalla chegou com perigo e ambas com Toledo. Na segunda, cabeceou forte a pelota, que passou raspando o travessão de Tauber. Porém, o segundo gol não saiu e a partida terminou mesmo empatada em 1×1. No retorno da competição, em fevereiro, o Chacarita será visitante na cancha do Patronato, em Paraná. Já o Canalla vai jogar suas duas primeiras partidas no Gigante de Arroyito. O primeiro diante do Desamparados e o segundo frente ao Defensa y Justicia.

Formações:
Chacarita: Nicolás Tauber; Sebastián Pena, Damián Toledo, Matías Zaldivia, Emanuel Morales; Gastón Rossi, Matías Nizzo, Angel Pis (Guanca), Mauro Montenegro (Ereros); Carlos Tellas (Pisano) e Jorge Piris. Técnico: Felipe De La Riva.

Rosario Central: Jorge Broun; Paulo Ferrari, Nahuel Valentini, Matías Lequi, Rafael Delgado; Julio Mozzo, Federico Carrizo (Ramiro Costa), Martín Rivero (Biglieri), Omar Zarif; Antonio Medina (Toledo) e Gonzalo Castillejos. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

View Comments

  • Jogo horrível, sem dúvida, a Central. Ele jogou mal, dói o árbitro, jogou com dez homens. Uma pena.
    Mas 31 pontos são realmente importantes. Pero, o mas importante, era nao perder de visitante.
    Falta uma partida, vs Desamparados em Rosário, pela fecha 19.

  • Willian, si, desde 2011. O primer jogo foi por la ultima fecha de la 1º ronda de 2010/2011 x Atlético Tucuman. Bateu 1 x 0 essa tarde de sábado.

  • Tem um texto aqui nosite que fala que o Chaca não teria terminado as modificações no estádio e mesmo assim se recusou a sair de San Martin, talvez faça o mesmo com o River. Vejamos. Eu vi esse jogo pela internet ontem e achei o Central um time muito organizado, foi melhor mesmo jogando com um a menos, só acho que a expulsão foi justa, ao contrario do que o texto acima afirmou.

  • Por lei, o clube que não dispor de tribuna para a torcida visitante há de mandar seus jogos em uma praça que contemple essa necessidade. O Chacarita se recusou a fazer isso e seus dirigentes afirmaram que será assim com todos os clubes que receber em San Martín. Sabemos que essa pressão se reduz bastante em relação ao River Plate. Mas é bem possível que as reformas no estádio terminem a tempo; o que possibilitaria ao Funebrero que recebesse o Millo em sua cancha. Seria realmente muito interessante. Abs a todos.

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