Clima tenso no Racing
De Buenos Aires – Muito tem se comentado sobre o atual momento do Racing. Apesar da vice-liderança, o time está com uma série de empates no cartel e uma grave acusação de que o técnico da equipe, Diego Simeone, seria o principal motivo de um possível “racha” no elenco.
Muitos sinais indicam que a situação não vai nada bem na Academia, inclusive alguns torcedores acusam os jogadores de estarem fazendo corpo mole numa tentativa de derrubar o técnico.
O primeiro a indicar que a relação já vinha desgastada foi uma das estrelas da equipe, o colombiano Téo Gutiérrez. Depois de defender sua seleção nas duas partidas válidas pelas Eliminatórias da Copa, o atacante alegou cansaço e solicitou para estar fora da partida contra o San Martín. Esse pedido não agradou Simeone que reprovou a liberação do atleta, mas teve que engolir a decisão da diretoria que resolveu preservá-lo.
Já em San Juan, onde a equipe empatou sem gols contra a equipe da casa, Claudio Yacob protagonizou outra cena que iria repercutir nos dias posteriores ao jogo. Ao ser substituído, o capitão da Academia teria insultado o técnico ao caminhar perto do banco de suplentes. Logo tratou de suavizar a polêmica, alegando que estava de cabeça quente, mas não com o treinador e sim com a arbitragem.
Ontem foi a vez de Torranzo disparar contra o Cholo. Na saída do treinamento, o jogador falou com os jornalistas e afirmou que o time precisa obedecer um pouco menos os pedidos de Simeone e atacar mais. “Devemos fazer um pouco do que nos pede Simeone, mas em algum momento desobedecê-lo, arriscar mais no ataque e soltar-nos na metade do campo para frente”, comentou.
A bem da verdade, Cholo não é do tipo de treinador fácil de se lidar. Muitos de seus comandados não gostam da maneira distante e pouco participativa que ele reserva aos atletas. Fala-se inclusive de uma possível divisão no elenco, com Claudio Yacob sendo o líder dos que se rebelam contra Simeone, tendo Torranzo, Hauche e até Gio Moreno como seguidores.
Hoje é dia de treinamento na Academia. Portas fechadas e ninguém falará com a imprensa. Dia de lavar a roupa suja.