A última janela de transferências do futebol brasileiro mostrou uma abertura muito grande dos clubes nacionais para jogadores dos países vizinhos, especialmente da Argentina. Clubes como Botafogo, Cruzeiro, São Paulo, Flamengo, entre outros, foram buscar reforços para a temporada no futebol argentino. Mas quantos jogadores nascidos na Argentina estão atualmente jogando no exterior? É buscando essa reposta que a página AXEM mantém um censo atualizado de atletas espalhados pelo mundo e em seu mais recente relatório divulgado na última terça-feira, eles apontaram um recorde: 1912 atletas argentinos atuam no futebol do exterior, espalhados pelos cinco continentes.
De acordo com o levantamento, são 1071 atletas registrados na UEFA, 453 na Conmebol, 304 na Concacaf, 51 na AFC (Ásia), 32 na OFC (Oceania) e somente 1 na CAF (África). O país que mais recebe jogadores argentinos é a Espanha, com 464 atletas distribuídos em todas as divisões do país. A Itália vem na sequência, com 230. O “Top 10” ainda tem o Chile, com 161, EUA (144), México (96), Bolívia (74), Alemanha (70), Equador (49), Grécia (40) e o Brasil, com 35 atletas. As equipes profissionais com mais argentinos registrados são Unión Calera e Unión San Felipe do Chile e o Asteras Tripolis da Grécia, todos com 7 jogadores cada.
Fora da Europa e América do Sul, o país que conta com a maior quantidade de argentinos é a Nova Zelândia. Mesmo com o futebol não sendo totalmente profissional por lá, são encontrados 31 hermanos que atuam na distante arquipélago da Oceania. Somente o Waiheke United possui 19 atletas registrados em seu elenco. Na Austrália são mais 13 atletas em atividade e até mesmo na ilha de Vanuatu foi encontrado um jogador: Diego Nadaya, que atua pelo Amicale.
Brasil
O Brasil hoje é o 10° país que mais recebe atletas argentinos, superando o Peru, que no último censo da AXEM aparecia nesta posição. São 20 atletas em clubes da Série A, sendo o Cruzeiro com o maior número: 4 jogadores. Botafogo (3), Palmeiras (3), Flamengo, Atlético-MG e Santos (2), além de Atlético-PR e Chapecoense, com 1, são os outros da lista. Na Série B são encontrados mais 3 jogadores: Emanuel Biancucchi no Ceará, Maxi Biancucchi no Bahia e o veterano Carlos Frontini no Vila Nova-GO.
São Paulo é o estado que mais recebe argentinos, com 9 atletas, sendo 7 deles atuando em clubes da Série A. O destaque é para o aumento de registros por parte de times considerados pequenos, como o Resende-RJ, o Anapolina-GO e o America-RJ com um atleta cada (Leia aqui a entrevista com Matías Sosa, o argentino do America).
Mas nesse quesito quem se destaca é o Inter de Santa Maria, da segunda divisão do Campeonato Gaúcho com quatro atletas, mesmo número do Cruzeiro da Série A. Patricio Jorge, Hernán González, Facundo Álvarez e Santiago Falbo chegaram no início do ano e caíram nas graças do torcedor da cidade gaúcha.
Casos curiosos
Além do censo ter encontrado um jogador em Vanuatu, também são registrados atletas argentinos “perdidos” em Andorra (22), Gibraltar (18), Moldávia (1), Indonésia (3), Malásia (10) e Guadalupe (7).
O jogador mais velho ainda em atividade é Roberto “El Toro” Acuña, que com 44 anos ainda está na ativa pelo Rubio Ñu do Paraguai, cuja seleção defendeu em três Copas do Mundo. Entre os 10 jogadores mais veteranos, ainda aparecem Diego Romero com 41 anos atuando na 4ª divisão da Espanha; Carlos Díaz, goleiro do Malacateco da Guatemala, com 40 anos; e Carlos Chacana, com 39 anos, ainda jogando em Israel.
Um dos casos mais curiosos é de Fernando Horacio Ávalos, atualmente com 38 anos e com uma passagem apagada pelo Corinthians em 2001. Ele segue na ativa atuando pelo Bravos do Maquis de Angola. É o único jogador argentino em atividade em todo continente africano.
Treinadores
Uma das novidades do novo censo da AXEM é a informação sobre treinadores argentinos trabalhando fora do país. Devido a alta rotatividade do cargo, eles consideraram o número de profissionais contabilizados até o fechamento do arquivo (24 de abril). Foram 174 treinadores, dos quais 111 são técnicos e o restante assistentes e auxiliares.
São 8 treinadores argentinos no comando de seleções nacionais, a maioria na América do Sul: Ramón Díaz (Paraguai), Juan Antonio Pizzi (Chile; como jogador, defendeu a Espanha na Copa de 1998), José Pekerman (Colômbia), Ricardo Gareca (Peru) e Gustavo Quinteros (Equador; como jogador, defendeu a Bolívia na Copa de 1994). Outros dois estão na África: Esteban Becker treina Guiné Equatorial e Héctor Cúper é o atual comandante do Egito. Na Ásia, Sergio Batista treina atualmente o Bahrein.
O Brasil atualmente possui somente um técnico argentino: Edgardo Bauza, do São Paulo, enquanto o país com o maior número de treinadores é o México, com 26.
Confira a matéria original no site da AXEM.
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