Cappa nega renuncia e se coloca a disposição do Boca

Horas depois de sua demissão do comandando técnico do River Plate, o técnico Angel Cappa decidiu por quebrar a lei da mordaça e atendeu algumas emissoras de TV e Rádio da Argentina. Cappa classificou sua demissão como precipitada, apontou alguns pontos positivos nas últimas 13 rodadas e garantiu que não demoraria 30 segundos para aceitar uma proposta do Boca.

“Eu não renunciei. O meu contrato era para 38 partidas. É muito rápido que tudo se termine após o 13º jogo. Respeito a decisão do dirigentes. Com exceção da Inglaterra, isso é uma coisa que acontece no Mundo todo (demissão por maus resultados). Ferguson não ganhou nada em seus primeiros cinco anos e se manteve no Manchester”, destacou o ex-treinador do River.

Cappa dirigiu o River em apenas 18 partidas, sendo cinco na temporada anterior. A demissão foi a segunda mais precoce do River Plate nos últimos dez anos. A primeira ainda é de Reinado Merlo, que deixou o clube após 15 partidas após uma briga interna com Marcelo Gallardo. O precursor do tiki-tiki do Huracán ficou menos tempo do que Astrada (25) e Gorosito (26).

A respeito do esquema de jogo, Cappa destacou que o time estava encontrando um entrosamento, apesar das inúmeras mudanças nas últimas rodadas. Além disso, destacou que a lesão de Almeyda prejudicou o andamento da equipe nas últimas rodadas. “Estávamos encontrando o nosso futebol, mas a saída do Almeyda foi um baque, pois não conseguimos encontrar substituto”, lamentou.

Já sobre o superclássico, Cappa admitiu que a partida não terá favoritos, principalmente pelo momento dos clubes. “Eles estão a um ponto do River, mas não estão bem já há alguns anos. O mesmo acontece com o River”, destacou. Ainda assim, o comadandante admitiu que aceitaria uma proposta do arquirrival do River. “Eu comandaria o Boca, sem problemas. A única equipe que nunca aceitaria dirigir é o San Lorenzo. Se eles entram em contato comigo eu iria pensar por 30 segundos e aceitaria”, afirmou o treinador.