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Café Veloz: Ex dirigente australiano desmente Grondona

Após as acusações de Diego Armando Maradona sobre a Argentina ter jogado a repescagem das eliminatórias da Copa de 94 dopada, muitos vieram a público falar sobre o caso. E as informações não poderiam ser mais contraditórias, principalmente do lado australiano.

Por um lado Maradona, sempre polêmico, afirma ter havido o ‘café veloz’, ou seja, um café adulterado que faria com que alguns dos jogadores argentinos pudessem correr mais. Segundo Diego, o doping teria consentimento da AFA, e Julio Grondona estaria a par de todas as informações, tendo se reunido com a equipe uma semana antes do jogo contra a Austrália e ainda segundo o ex-atacante da Argentina dito “vocês estão liberados para usar qualquer substância”.

Alfio Basile, então técnico da Seleção na oportunidade, rebateu Maradona e afirmou que a história do café era uma idiotice e que nunca ocorrera. Porém Grondona veio a público e confirmou que não existiu o exame antidoping naquela ocasião, senão para preservar seus jogadores que em sua maioria viriam de fora da Argentina, e ele não sabia o que eles tomavam ou não, e claro, Maradona, que vinha de uma punição por doping.

“Combinamos (com Autrália). E sabendo-se de tudo, porque os meios de comunicação também tinham conhecimento do problema do exame antidoping. Se um jogador se resfria e tem que tomar uma injeção um dia antes pode ser pego. Então foi a solução que tivemos junto a Australia de não termos o exame antidoping”, afirmou o presidente no meio da semana.

Porém o ex-diretor executivo da FFA (Federação Australiana de Futebol) Ian Holmes negou qualquer tipo de acordo com a AFA para que o exame antidoping fosse suspenso. “Posso afirmar que ninguém entrou em contato comigo, com o qualquer outra pessoa dentro da FFA para isso”, disse Holmes negando qualquer envolvimento e ainda complementou, “francamente, nunca poderíamos ter chegado a um acordo deste tipo. Juro pela vida de meu filho que nunca fizemos parte disso”.

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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