Após 15 anos de ausência em finais de torneios continentais, a torcida do Independiente está eufórica para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Goiás. E, como todo torcedor, o lendário ex-jogador do Rojo Ricardo Bochini é mais um que está feliz pelo fato de Antonio Mohamed ter levado a equipe tão longe na competição. Numa entrevista exclusiva para o site da TyC (www.tycsports.com) o “Bocha” falou sobre o time e de seus sentimentos para a grande final.
Bochini, que tem 56 anos, destacou que a vitória contra a LDU o fez lembrar os velhos tempos: “Na quinta-feira me lembrei muito das velhas noites da Copa Libertadores, quando ganhávamos do Cruzeiro, do Olimpia e de outros grandes clubes. Me lembrei do tempo em que jogávamos partidas decisivas e ganhávamos jogos inesquecíveis”.
Quando perguntado sobre o momento atual do Rojo, o “Bocha” analisou: “Esta equipe recuperou um pouco da mística do ”Rey de Copas”. Representa um pouco o estilo de jogo que faz parte da história do clube, embora a Sul-Americana obviamente não tenha nada a ver com a Libertadores. Porém com esse jogo o time fez a campanha necessária para chegar à final e vem jogando bem. O Mohamed criou um meio-campo com boa técnica.
Apesar da alegria pelo fato de ver seu time disputando uma final de torneio internacional, Bochini não dá muita importância para a Copa Sul-Americana: “É importante se compararmos as campanhas do Independiente dos últimos anos. Mas o time não jogou contra grandes adversários, como fizemos na Libertadores. O Independiente jogará contra uma equipe rebaixada, e isso é o que determina a competição. Não acredito que este título seja muito relembrado e talvez essa Copa fique como algo passageiro. Se a equipe conquistar o título nada muda no âmbito nacional, pois teremos que nos manter na primeira divisão. Não concordo com a gestão de Comparada, pois o clube deveria ter brigado pelo títulos por mais vezes e está mutio mal economicamente.
Bochini, que jogou por 19 anos seguidos no Independiente, diz que poderá ir ao jogo se não tiver nenhum outro compromisso. E torce para que os garotos possam ver pela primeira vez o clube ser campeão de um torneio internacional. Sobre a carreira de técnico, o “Bocha” por enquanto não gosta da ideia: “Não penso em ser técnico, porque se perco três jogos me mandam embora. Prefiro ser gestor ou auxiliar técnico. Este elenco precisa de dois ou três bons reforços para poder brigar pelo título da Libertadores”, finalizou.
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