O jogo foi em La Fortaleza, portanto, a cancha do Lanús. A visita era o Boca, que precisava vencer para voltar à liderança do campeonato e para não ir ao Superclássico da Libertadores tendo o River como o ponteiro isolado na Argentina. Mas de cara quem abriu o placar foi o conjunto dirigido por Barros Schelotto. Não demorou para o Boca reagir e assumir o domínio da partida. Virou para 3×1 e voltou a figurar no lugar mais alto da tabela, na liderança. E foi justo notadamente pelas performances de Pablo Párez, Nicolas Lodeiro e principalmente Cristián Pavón, quem simbolizaram o bom futebol bostero no Sul da Grande Buenos Aires.
Jogo nem bem começou e Ayala resolveu arriscar de longe. A pelota foi morrer na paz das redes de Guillermo Sara: Lanús 1×0. O gol foi efeito da tentativa granate de pressionar desde os primeiros minutos. Mas não assim de qualquer forma. A ideia era explorar o lado esquerdo com dois ou três atacantes por ali. Por outro lado, isto ocorria justamente pelo fato de que o Boca era todo ataque principalmente pelo lado direito, explorando a velocidade e técnica do jovem Pavón, a estrela ainda nova e ainda sem brilho que os bosteros foram buscar no Colón, mas que é das canteras do Talleres. Minutos depois do gol granate o jogo já era marcado pelo domínio da pelota pelo visitante.
A breve reação ocorreu com a intensificação da marcação na saída de bola do Lanús. A pressão era muito intensa e obrigava Monetti a dar aquele chutão básico que todo mundo sabe no que vai dar. Em regra, a redondinha ia parar nos pés dos dois volantes xeneizes ou de Cata Díaz, que se adiantava na primeira linha de marcação, quando a redonda aparecia voando do campo de defesa granate ao campo de defesa bostero. Numa dessas jogadas, a pelota foi recuperada e dos pés de Pablo Pérez foi direto para a área de Monetti. Carrizo apareceu na diagonal e não teve trabalho para colocá-la no canto oposto do porteiro local: 1×1.
A partir daí só deu Boca Juniors. E ninguém do Lanús conseguia saber onde estava Pavon. E quando a redonda não rolada pelo lado direito, ela aparecia do outro lado, nos pés de Carrizo. Centralizado, Osvaldo parecia sem função, desencontrado e destoando num ataque rápido e com relevante competência. Contudo, o melhor em campo nos primeiros 45 minutos foi um homem que jogava mais recuado: Pablo Pérez. Quando Fernando Echenique apitou o fim do primeiro tempo, Guillermo Schelotto deu graças a Deus. Seu time precisava de vestiário. E de uma nova conversinha.
Segundo tempo começou bem parecido com o primeiro. Minutos iniciais foram todos do Lanús, prova de que há um bom técnico no comando da equipe do Sul. Só que depois, assim como na primeira etapa, o Boca reagiu e se fez local na cancha do Granate. Mas não foi tão fácil como no primeiro tempo. Tanto foi assim que o conjunto local chegou duas vezes com perigo à área de Sara. A questão passava pelo excesso do jogo xeneize por um único lado do campo, o lado de Pavón. Os defensores locais voltaram ao segundo tempo com a orientação de bloquear a jogada. Foi então que Arruabarrena ordenou que o jovem atacante trocasse de lado de campo com Carrizo.
Problema é que nem sempre os marcadores rivais se dão conta desse tipo de modificação tática com a brevidade necessária. Então, o inferno que Pavón levava pelo direito passou para o lado oposto. E não demorou para o efeito disso aparecer. Recuado e marcando no campo de defesa xeneize, Daniel Osvaldo foi o nome do contra-ataque. Mas não correu muito com a pelota. Em vez disso, fez um lançamento primoroso para Pavón dominar, levar a pelota com confiança e arrematar no canto direito de Monetti. Era a virada do Boca: 2×1.
A partir daí o que fez o Lanús? Se mandou para o ataque. Tentou deixar uma linha defensiva atrás para evitar os contragolpes. Mas a medida que o jogo corria também essa linha se adiantava, na tentativa de igualar o placar. O Granate era, então, uma presa fácil de seu visitante. Para piorar, Carrizo e Pavón vez ou outra voltavam a trocar seus posicionamentos pelos lados do campo. Tanto o Lanús teve oportunidades para empatar quanto o Boca de fazer o terceiro, o quarto e o quinto. Mas, para o bem do Boca, Guillermo Sara estava como sempre impecável na defesa do arco xeneize. Melano quem o diga, já que teve ao menos três chances claras de romper o cerco do porteiro visitante, mas ficou na infelicidade do quase.
Já nos acréscimos, e em outro rápido contragolpe, Lodeiro entrou na área de Monetti, e, cercado por três defensores granates, resolveu cair. O árbitro Echenique entrou na dele e anotou pênalti. O próprio Lodeiro converteu e deu números finais à partida: 3×1 para o Boca. Resultado justo e que recolocou a equipe da Ribera como líder da competição. Ao lado de quem? Do River, o que não deixar de ser mais um aperitivo para o Superclássico da Libertadores.
Formações
Lanús: Fernando Monetti; Alejandro Silva, Diego Barisone, Gustavo Gómez, Maximiliano Velázquez (Nicolás Pasquin); Víctor Ayala, Jorge Ortiz, Matías Fritzler, Nicolás Aguirre (González); Marcos Astina (Di Renzo) e Lucas Melano.
Boca: Guillermo Sara; Gino Peruzzi, Daniel Díaz, Marco Torsiglieri, Nicolás Colazo; Pablo Pérez (Fuenzalida), Adrián Cubas (Castellani), Nicolás Lodeiro; Cristian Pavón, Daniel Osvaldo (Calleri) e Federico Carrizo.
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