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Boca triunfa em Mendoza e fica a um empate do título

A prova definitiva de que o Boca Juniors mudou para uma postura de campeão veio da vitória sobre um dos rivais mais incomodos dos últimos anos. Seja em Mendoza ou na Bombonera, o Godoy Cruz sempre crescia diante dos Xeneizes. Não perdiam há seis jogos deste confronto. Eis que o tabu de 26 jogos invicto fez a diferença ao líder do Apertura 2011, que triunfou por 2 x 1 com gols de Cvitanich e Schiavi, e Rojas descontando para o Tomba.

Eis que tudo que os auriazuis precisam agora para dar a volta olímpica é um único empate nas próximas três rodadas. Curiosamente, este ponto decisivo pode vir diante do Banfield, clube que consagrou Julio César Falcioni como campeão do Apertura em 2009. Para evitar o 24º título da história do clube da Ribera, apenas um aproveitamento perfeito por parte de Tigre e Unión, enquanto que o Boca teria de fazer três vezes algo que não lembra o que é desde a pré-temporada europeia: perder.

Para sair vitorioso do estádio Mundialista, o Boca lançou mão da mesma estratégia durante os 90 minutos. Respeitando a força de um rival que briga pela vaga na Libertadores, ao mesmo tempo que exploravam a principal força, os visitantes priorizavam a defesa e, quando achavam espaços, saiam em velocidade para os contra-ataques.

Assim saiu o tento inicial. Pochi Chávez iniciou o sprint. Percebeu que Rivero o acompanhava e lhe passou a bola. Antes que ela escapasse do alcançe, o ex-Ciclón cruzou na área, onde Cvitanich só escorou, como um legítimo “9”: 1 x 0 ironicamente aos 9 minutos. O gol motivou uma intensidade maior do ataque do Tomba. Entretanto, mesmo com os toques rápidos de Ariel Rojas, e as investidas de Castillón, a zaga Xeneize se mantinha bem sólida.

Talvez como prêmio para a disciplina defensiva, o segundo gol veio para um zagueiro. Em jogada individual de Cvitanich após outro ataque veloz, o atacante ex-Banfield acaba derrubado na área por Nicolás Sanchez. Schiavi não repetiu a falha da última vez que cobrou um pênalti e superou Sebastián Torrico: 2 x 0, aos 36 minutos. A bola continuou no ataque do Godoy Cruz, mas nem sequer ameaçaram Orión até o fim do primeiro tempo.

Na volta dos vestiários, Jorge da Silva entrou determinado para mudar os rumos da partida e fez duas alterações (sai Voboril e Damonte, entrou Cooper e Cabrera). Gonzalo até protagonizou uma das melhores chances de diminuir o placar, aos 9 minutos da etapa final. Cooper criou outra num chute perigoso aos 34. Mas o ritmo predominante no segundo tempo era lento, quase parado, algo que agradava os visitantes.

Só a partir de um lance tão bonito quanto inesperado, os torcedores mendocinos puderam ver alguma emoção antes de deixar o Mundialista. Rojas acertou um belíssimo chute que explodiu no travessão antes de estufar as redes de Orión: 2 x 1, aos 41 minutos. Um último lampejo de pressão tomou conta do Godoy Cruz, que assustou o Boca numa cabeçada de Caruso. Nada suficiente para o empate, mas sim para um final de jogo honroso.

GODOY CRUZ: Torrico; Sigali, Nicolas Sánchez, Curbelo e Villar; Voboril (Cooper), Olmedo, Damonte (Cabrera) e Rojas; Castillón (Caruso) e Rubem Ramírez. DT: Jorge da Silva

BOCA JUNIORS: Orión; Roncáglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero, Somoza e Erviti (Colazo); Chavez (Erbes); Mouche (Araujo) e Cvitanich. DT: Júlio César Falcioni

Próximos confrontos: Boca x Banfield; Belgrano x Godoy Cruz

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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