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Boca reverte a situação fora de casa e segue vivo na Sul Americana

Boca perdendo em casa por 1 a 0 para uma equipe desconhecida em uma competição continental e revertendo a situação fora de casa. Não, não estamos falando dos memoráveis confrontos contra o Paysandu pela Libertadores de 2003. Mas da sofrida classificação contra o humilde Deportivo Capiatá. Após perder em casa pela contagem mínima os xeneizes devolveram o placar fora de casa, venceram nos pênaltis e avançaram para as quartas de final da Sul Americana.

Precisando vencer fora de casa, o Boca entrou com um esquema muito ofensivo. Arruabarrena lançou sua equipe em um 3-4-3 que deixava claro o desejo de atacar. O Capiatá, por seu lado, entrou em campo disposto a explorar os contra-ataques, em especial através de Ruiz. Assim, o desenho da partida ficou claro desde o começo. O Boca trocava passes, tinha volume de jogo, mas não conseguia marcar seu gol. Os paraguaios ameaçavam nos contra ataques.

Apoiado por sua torcida, que era maioria no estádio, o Boca perdeu várias boas oportunidades no primeiro tempo, principalmente com Chavez e Carrizo. Mas as equipes desceram para o vestiário com o placar em branco. O segundo tempo começou na mesma toada, mas aos 19 minutos veio o lance que mudaria a partida: Velazquez fez falta duríssima e foi expulso. A pouco menos de 30 minutos do fim os xeneizes tinham um a mais em campo, o que indicava que os comandados de Arruabarrena iriam com tudo para cima do rival.

Como havia feito na partida contra o Rosário Central, o técnico xeneize empilhou atacantes para buscar o gol. A equipe passou a cruzar bolas a torto e a direito para a área rival. Até que aos 28 minutos Calleri aproveitou centro da esquerda e bateu forte para abrir o placar e empatar o confronto global. O Boca ainda tentou resolver nos 90 minutos, mas não conseguiu. O confronto seria definido nos pênaltis.

E na disputa de tiros livres brilhou a estrela de Orión. Na série regular, 3 a 3, cada equipe desperdiçando duas cobranças. Mas na primeira série de desempate tudo se resolveu. O arqueiro xeneize bateu forte para colocar sua equipe em vantagem e depois defendeu a cobrança de Aquino. O Boca estava classificado para enfrentar o Cerro Porteño, também do Paraguai, pelas quartas de final da competição.

CAPIATÁ: Franco, Martínez, González, Pereira e Aquino; Velazquez, Irala, Ortiz (Candia) e Peralta (Figueiredo); Ruiz (Irrazábal) e Escobar.

BOCA: Orión, Magallán, Pérez e Forlín (Acosta); Fuenzalida, Meli (Gigliotti), Gago e Colazo; Carrizo (Martinez), Chavez e Calleri.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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