Se a década de 1980 e 1990 foram terríveis e facilmente “esquecíveis” em termos de Copa Libertadores, o novo milênio traria bons ares e novas conquistas, que despertariam a inveja e o temor quando o nome Boca Juniors fosse pronunciado.
Pela terceira vez durante os 41 anos de disputa do torneio, a taça iria para a rua Brandsen 805 e melhor ainda que isso, desclassificando o River dentro de uma Bombonera lotada e com direito a goleada e um “caño” histórico de Román em Yepes.
O Boca chegou a esta edição da Copa Libertadores com uma boa equipe, mas logo de cara tropeçou contra o Blooming da Bolívia, porém sendo este seu único pecado na primeira fase e um empate contra o Peñarol dentro de Montevideo. A equipe do treinador Carlos Bianchi se classificou com 13 pontos e passou para a próxima fase de forma bem tranquila com direito a algumas goleadas, como o seis a um sobre o Blooming no jogo de volta e os três a um sobre o Peñarol dentro da Bombonera.
Nas oitavas já se sabia de antemão que teria pela frente o River Plate, caso passassem para as quartas de final. E assim aconteceu, com o Boca passando com certa tranquilidade pelo Nacional do Equador, após um empate sem gols como visitante e uma placar inusitado de cinco a três em casa.
O encontro com o River se deu clima de tensão, e como não poderia deixar de ser, a primeira partida dentro do Monumental de Nuñez foi complicada para a equipe Xeneize, que saiu com um placar adverso, algo que era no mínimo perigoso para ser resolvido dentro de casa.
httpv://www.youtube.com/watch?v=oOHM1ezc4dc&feature=related
Entretanto o dois a um no Monumental, (Angel e Saviola para o River e Román Riquelme para o Boca) não foi sentido em casa e contando com o retorno de Martín Palermo que havia ficado afastado por seis meses por conta de uma contusão grave no joelho, o Boca venceu de maneira contundente e passou para as semifinais contra o América do México.
Bianchi, em coletiva de imprensa havia avisado que daria minutos de jogo a Martín Palermo, o que causou uma série de questionamentos e dúvidas devido a seu grande período afastado. O treinador do River, Tolo Gallego, ironizou a possibilidade e respondeu que chamaria Enzo Francescoli para jogar, aposentado já há alguns anos… Martín fez o famoso gol de muletas.
Com gols de Marcelo Delgado, Juan Román Riquelme e Martín Palermo, o Boca deixou o River mais uma vez pelo caminho e passou para a próxima fase, deixando claro que a equipe era forte e brigaria pelo título.
Entretanto, passar pelos mexicanos não foi nada fácil. Após uma vitória por quatro a um, a volta no México foi complicada e quase escapou quando viu o elástico placar se transformar em um três a um.
A classificação para a final estava garantida e o Palmeiras, que não aliviou em nada, foi um adversário que serviu para coroar a conquista Xeneize. Em dois empates nos jogos de ida e volta, dois a dois em Buenos Aires e um empate sem gols em São Paulo levaram a partida para decisão de pênaltis.
httpv://www.youtube.com/watch?v=WViiaIXExMM
No final o Boca saiu campeão, após 22 anos sem conquistar a Copa Libertadores, com o placar de quatro a dois na disputa de pênaltis, sendo que Guillermo, Román, Palermo e Bermúdez converteram para o Boca. Oscar Córdoba, um dos heróis da noite pegou as cobranças de Asprilla e Roque Júnior.
Em pé: Ibarra,Bermudez,Córdoba,Riquelme,Arruabarrena,Traverso,Samuel
Agachados: Guillermo,Battaglia,Palermo e Basualdo
Colaborou: Martín Russo
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Capítulo emocionante! Teremos a parte 4?
Obrigado por nos acompanhar, Willian.
Sim, teremos outras partes, falaremos sobre todas as campanhas do Boca na Copa Libertadores, inclusive as que não terminaram em conquistas.
Abrazo
Espero que falem sobre os dois vices do N.O.B, unica equipe fora da região metro ir tão longe!