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Boca Juniors é a melhor equipe Sul-Americana na primeira década do Século XXI

Após tantas conquistas, os títulos da primeira década do Século XXI ainda reservam orgulho para a torcida xeneize. No dia 7 de Maio, o Boca Juniors vai receber da Federação de História e Estátistica do Futebol, a IFFHS, o prêmio de melhor equipe da América do Sul, entre 2001 e 2011. “Para nós é um verdadeiro orgulho receber um prêmio dessa importância, marca um reconhecimento a permanência do clube entre os primeiros” afirmou o Presidente da equipe, Daniel Angelici.

A glória chegou junto de Calos Bianchi. O treinador implantou sua filosofia no Boca e títulos e muitas alegrias vieram de brinde. Na estreia no comando da equipe conquistou um Apertura em 1998, mas foi na Libertadores que Bianchi fez história. Após conquistar o título com o Vélez em 1994, contra o São Paulo em pleno Morumbi, o treinador conseguiu o segundo título no Brasil e a primeira Libertadores na era Boca Juniors. Oscar Cordoba brilhou nas cobranças de pênaltis, e a equipe xeneize voltou a conquistar o continente. Em Dezembro do mesmo ano Martín Palermo anotaria dois gols para consolidar o título Intercontinental em cima do poderoso Real Madrid, fechando o século XX com grande estilo.

Mas a IFFHS premiou apenas as conquistas a partir de 2001. O bi da Copa Libertadores, decidido novamente nos pênaltis, mostrou a força de Carlos Bianchi e de seus comandados. Nem mesmo Palencia e seus companheiros do Cruz Azul conseguiram anular a felicidade xeneize em razão da conquista da única Libertadores em seu estádio na primeira década. Depois da derrota Bayern de Munique na final do Mundial, o Boca voltaria a conquistar um torneio continental somente em 2003, quando mais uma vez Carlos Bianchi foi ao Morumbi sagrar-se campeão em cima do Santos de Diego e Robinho.

Carlitos Tevez era um dos destaques da equipe, que venceria seu terceiro Mundial, dessa vez em 2003 quando derrotou o Milan nas cobranças de pênalti. A equipe voltaria para o Japão em 2007 para enfrentar o mesmo Milan. Sua última Libertadores foi conquistada no mesmo ano, e mais uma vez no Brasil, mas dessa vez contra o Grêmio com show de Juan Roman Riquelme.

A torcida xeneize teve o gostinho de triunfar também na Copa Sul-Americana nos anos de 2004 e 2005. No pacote vieram mais três Recopas Sul-Americanas, fechando a enorme lista de títulos internacionais do Boca Juniors, que além de conquistar o prêmio de melhor equipe sul-americana, ganhou de seus torcedores, o apelido de “Rey de Copas”.

Victor Limeira

Jornalista formado pela faculdade paulista FIAM/FAAM. Acompanha não só o futebol argentino como as ligas menores da Europa. Começou a escrever para o Futebol Portenho em agosto de 2010 principalmente por ter uma paixão do futebol que reúne alma, raça e um belo toque de maestria

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  • É meio perigoso esse uso de "todos os tempos", Enrique. Basta lembrar que, antes do Bianchi, o River Plate era quem tinha vantagem em mais parâmetros da rivalidade - não por acaso, ao fim do século XX, se intitulou Campeón del Siglo.

    Fora eles e ainda falando de clubes argentinos expressivos internacionalmente, o Independiente estava muito acima dos dois (do River, continua assim), tanto é que a alcunha de Rey de Copas é originalmente dele.

    Antes do Bianchi, Santos, São Paulo, Peñarol, Nacional e Estudiantes eram outros a ter mais "cacife" internacional (leia-se: títulos) que o Boca.

  • Mérito do Boca ter superado todos esses times. Santos e São Paulo, por exemplo, ficaram anos, décadas, a ver navios e de uma hora para outra também passaram a se achar "campeões de tudo", "do século", essas sandices. Aliás, perto da megalomania santista e da arrogância sãopaulina, o oba-oba em torno do Boca é inofensivo.

    E o único parâmetro no qual o River supera o Boca é em títulos da etapa profissional. Porque perde em todos os outros: campeonatos antes de 1931 (6 a 1, isso eles não contam), copas internacionais, clássicos, projeção internacional, tamanho da torcida... por mais que o Olé, na tradição mentirosa do Grupo Clarín, tente defender o indefensável neste último item.

    Mais detalhes aqui: http://lapassucci.blogspot.com

    Leia com carinho o post dos caras sobre as mentiras deslavadas desse jornaleco de meia tigela, devidamente detestado aqui no Brasil. Se o River precisa dessa imundície toda, é porque chegou mesmo ao fundo do poço. Ah, não, até isso o Aguilar roubou...

  • Mas o Boca também passou um senhor tempo a ver navios, Diogo. Ter vencido a Libertadores de 2000 recuperou o time, que desde 1979 (quando perdeu a Libertadores para o Olimpia) só tinha taças esporádicas mesmo na Argentina (foram quatro nesse período em 35 campeonatos caseiros disputados). O River é que era o time de maior projeção, na época (não sou gallina nem xeneize, então, creio que possa falar com imparcialidade).

    Os anos 80 e de 90 foram no geral amargos para o Boca, bem como os 50. Mesmo nas mais vitoriosas décadas de 60 e 70, constância não foi algo exatamente presente nelas (o River teve nos anos 90 mais títulos argentinos que o Boca somou nessas duas, por exemplo). Por isso, tascar o time de melhor de todos os tempos vai uma longa distância. Foi, com toda a certeza, o melhor da última década, exatamente o que a IFFHS atribuiu.

    Antes da Libertadores de 2000, River e Boca tinham a mesma quantidade de títulos nos torneios internacionais de mais prestígio: duas Libertas, uma Intercontinental e uma Supercopa para cada, com o detalhe que os do River tinham a vantagem de estarem mais frescos na memória. No campeonato argentino, a supremacia era (e ainda é) millonaria, mesmo com os títulos amadores contabilizados.

    A única vantagem do Boca ali eram nos clássicos, e ainda assim era bem menor que hoje: 98 a 89 (hoje, 126 a 107), algo que era plausivelmente reversível em uma década ou menos. Para você ver a enormidade que teve o peso dos anos 2000 no sentido equivocado do senso comum de que o Boca sempre foi um todo-poderoso.

  • "Por isso, tascar o time de melhor de todos os tempos vai uma longa distância"

    Eu nem disse isso, mas de qualquer forma fica o registro. Marketing tem seus exageros...

  • Eu sei que você não falou, foi o Enrique... mas ficou parecendo que partilhavas dessa visão. Só quis salientar nos comentários que ela é um tanto falaciosa. Abraço!

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