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Boca e Tigre empatam com muitos gols na Bombonera

Mesmo com Boca e Tigre fazendo uma campanha irregular no Clausura, não faltaram gols na Bombonera na tarde de hoje. Numa partida inspirada de Denis Stracqualursi, que marcou os três gols do Tigre, os times empataram por 3 a 3. Pelo lado do Boca, marcaram Colazo, Riquelme e Clemente Rodríguez. Com o resultado, o Boca foi a 11 pontos e está apenas em 15º no Clausura. O time de Victoria foi a 12 pontos e está na 13ª colocação.

O Tigre entrou em campo sem se importar com o fato de estar fora de casa. Mostrou boa desenvoltura no campo de ataque e pôde sentir a insegurança da defesa do Boca. Os jovens Ruiz e Sauro não conseguiam conter as descidas de Morales e Galmarini e sempre deixavam espaços para as tentativas de Stracqualursi, que foi o artilheiro do “Matador” no Apertura passado.

Aos 21 minutos de jogo veio o gol dos visitantes. A jogada começou pela direita com o meia Morales. Ele olhou para a área e viu Stracqualursi sem marcação na primeira trave. O cruzamento foi preciso e o artilheiro cabeceou no canto esquerdo de Lucchetti. Outra vez a defesa xeneize chegou atrasada no lance.

O Boca tentou o empate, mas esbarrava na linha defensiva que o Tigre armou na frente da sua área. Além disso, nem Clemente Rodríguez nem Colazo conseguiam realizar bons cruzamentos para Palermo e Mouche. O único que destoava era Riquelme. Mostrou vontade desde o início, e sempre se apresentou para o jogo. Mas o que ninguém esperava aconteceu.

Numa jogada pelo lado esquerdo, o experiente lateral Mariano Pernía foi à linha de fundo e cruzou para Stracqualursi. Novamente sem marcação, o camisa 22 do Tigre testou firme para o gol, no canto oposto. Lucchetti nada pôde fazer e o “Matador” abria 2 a 0 no placar. Surpresa geral na Bombonera.

Ao Boca não restou outra alternativa senão ir para cima do adversário. E então apareceu o talento de Juan Román Riquelme. Em menos de cinco minutos o 10 do Boca foi o responsável pelo empate do Xeneize. Aos 42 minutos, ele tentou pegar a bola num passe de Palermo, mas acabou desarmado pela zaga. No entanto, a bola sobrou na meia esquerda para Colazo, que acertou um lindo chute com o pé direito. A bola morreu nas redes de Islas e acordou a torcida boquense. Quatro minutos depois, em jogada pela direita, Román recebeu um passe de Palermo e chutou próximo à marca do pênalti. A bola novamente entrou no gol de Islas e o Boca, mesmo com as deficiências defensivas, arrancou o empate.

No segundo tempo o Tigre voltou ligeiramente melhor e levou perigo novamente com Stracqualursi, que exigiu de Lucchetti uma boa defesa. Aos 13 minutos, Palermo foi substituído por Viatri e, mesmo com 862 minutos sem marcar um gol, foi aplaudido pela torcida xeneize. E o “Matador” seguia levando perigo ao gol de Lucchetti. Aos 23 minutos, o zagueiro Ruiz agarrou Echeverría na área e o árbitro Juan Pablo Pompei não hesitou em marcar o pênalti. Stracqualursi, com a calma habitual, marcou o terceiro gol do Tigre e assumiu a artilharia do Clausura, com 8 gols.

Novamente o Boca veio para cima do Tigre para tentar o empate, ainda que de forma uma tanto quanto desordenada. Primeiro tentou algo com Viatri, que tentou cavar um pênalti ao disputar uma bola com González e logo após chegou ao empate num golaço de Clemente Rodríguez. O lateral veio pela esquerda sem marcação e da entrada da área acertou um lindo chute no ângulo do gol de Islas. Era o empate do Boca aos 32 minutos do segundo tempo. Quando a torcida achava que o Boca iria pela virada, o time parou e não conseguiu construir uma jogada perigosa até os 47 minutos. Nos últimos lances da partida, Mouche recebeu pela esquerda dentro da área e chutou para o gol. Não fosse Echeverría, a virada seria consumada.

O empate deixou tanto Boca quanto Tigre frustrados, com a sensação de a vitória poderia ter chegado. Mas o aviso é claro para a equipe de Falcioni: a defesa está ruim e o time depende de Riquelme muito mais do que deveria. Na próxima rodada o Boca irá a Parque Patrícios enfrentar o Huracán e o Tigre receberá o San Lorenzo em Victoria.

BOCA – Lucchetti, Ruiz, Caruzzo e Sauro; Clemente Rodríguez, Somoza, Erviti e Colazo (Chávez); Riquelme; Mouche e Palermo (Viatri)
Técnico – Julio Cesar Falcioni

TIGRE – Islas, Díaz, Echeverría,Vera e Pernía; Galmarini, González, Martínez (Castaño) e Leone; Morales (Botta); Stracqualursi
Técnico –  Rodolfo Arruabarrena

Árbitro – Juan Pablo Pompei (ARG)

Alexandre Leon Anibal

Analista de sistemas, radialista e jornalista, pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte. Neto de argentinos e uruguaios, herdou naturalmente a paixão pelo futebol da região. É membro do Memofut, CIHF, narrador do STI Esporte (www.stiesporte.com.br ) e comentarista do Esporte na Rede, programa da UPTV (www.uptv.com.br ).

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