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Boca e Independiente fazem outra partida memorável em La Bombonera

Em partida válida pela Copa Sul-Americana 2012, o Boca empatou com o Independiente na Bombonera em mais uma partida memorável entre as duas equipes que já protagonizaram este ano um clássico de arrepiar pelo Clausura 2012. E mais uma vez o Rojo aprontou dentro da Bombonera e conseguiu um excelente resultado de 3 a 3, deixando a vaga para a próxima fase em aberto. As duas equipes voltam a se encontrar na próxima semana em Avellaneda.

A partida começou movimentada e nos dez primeiros minutos quem chegou perigosamente foi o Rojo que armou jogada rápida com Vidal que driblou El Flaco Schiavi com um chapeuzinho e finalizou perigosamente.

No entanto, quem saiu na frente foram os donos da casa que aproveitaram bobeira do Rojo. Aos 15 minutos após uma incrível bobeira do defensor Leonel Galeano a bola sobrou limpa para o guerreiro Silva que abriu o placar chutando cruzado, sem chances para Navarro.

Após o gol o Independiente ficou perdido e o Boca quase chegou ao segundo aos 22, quando Blandi, Ledesma, Chávez e Silva entraram tabelando na área do Independiente, mas Silva errou o chute, que saiu fraco, dando tempo de Navarro se recuperar. Após os 25 minutos a jogada mais terrível do ataque Xeneize e a mais absurda da defesa do Independiente.

Depois de uma boa série de jogadas Silva centrou para a área e ficaram três jogadores do Boca livres na pequena área de Navarro para escolher onde cabecear, no entanto, Blandi cabeceou no meio do gol, ficando fácil para o arqueiro do Independiente, que era uma equipe pregada no gramado da Bombonera, mas contava com o descaso Xeneize.

Se até então o goleiro Xeneize se mostrava vacilante nas saídas do gol, mostrou muita coragem na melhor chance do Rojo, que aconteceu após um vacilo da defesa Xeneize, envolvida pela boa tabela do ataque visitante e viu Rosales entrar sozinho na área, obrigando o arqueiro Xeneize a sair para fazer uma defesa providencial.

E o castigo do Boca veio aos 44 minutos, após mais um erro de Blandi no ataque, quando Vidal partiupela esquerda do ataque e cruzou para Jonathan Santana que aproveitou e se adiantou a Schiavi, tocando na saída de D’Angelo. Mas o Rojo teve pouquíssimo tempo para comemorar, e eu para escrever, pois nem bem acabei a linha de cima e Somoza acertou um tiro forte de fora da área colocando outra vez a equipe da casa na frente e dando tranquilidade a torcida local.

O primeiro tempo chegava ao fim e ambos os treinadores teriam muito o que acertar nos vestiários. O Boca por criar, mas não concluir e ter inúmeros buracos na defesa, e pelo lado do Independiente a desorganização tática generalizada e momentos pouco lúcidos do meio para frente.

A conversa do segundo tempo foi melhor do lado do Rojo, que mal começou a segunda etapa chegou ao empate. Após uma saída equivocada de D’Angelo, a bola sobrou para Rosales que colocou no canto esquerdo do vazio gol Xeneize. Para piorar Schiavi que já havia recebido amarelo no primeiro tempo foi expulso pela segundo amarelo.

Aos 12 minutos da segunda etapa, Clemente teve a sua chance em arrancada incrível, mas falhou sozinho contra um solitário e eficiente Hilário Navarro, que salvou o Independiente de levar o terceiro. Mais uma vez o Boca pecava por errar nas finalizações.

A equipe da casa jogava com um a menos e ainda assim criava mais, perdendo boas chances. O Rojo quase não assustava mas na única oportunidade clara que teve, Farias encontrou D’Angelo bem postado que se redimiu do erro no gol e salvou o Boca de levar a virada. Farias ainda teve outra chance aos 25, mas Sanchéz Miño apareceu e roubou a bola quando o atacante se preparava para arrematar.

O mesmo Sanchéz Miño que tirou o gol de Farias, devolveu ao Boca a vantagem no placar arrancando sorriso até mesmo de Alejandro Sabella, técnico da Seleção que estava presente entre os espectadores que viam mais uma partida memorável entre as duas equipes. Morel ainda acertou o travessão e no rebote Farias parou outra vez em excelente defesa de D’Angelo aos 40 minutos do segundo tempo.

Miño, Acosta e Silva quase entortaram a defesa do Rojo e por pouco não ampliaram o placar com um jogador a menos, próximo ao fim. Falta apenas Falcioni ver que o Boca precisa jogar par afrente e com um jogador de ataque aberto pela ponta.

Mas a partida era um teste para cardíacos e após uma jogada infantil de Clemente Rodríguez na lateral da área, o jogador derrubou Leguizamón. Penalti claro,para Farias bater e fazer o gol de empate de uma equipe que mais uma vez calou a Bombonera.

De positivo para o Boca, a entrada de Acosta trouxe a oportunidade de ver um jogador rápido outra vez e atrevido, como Schelotto e Palácio. O jogador deu vida à camisa sete e se movimentou com muita velocidade e técnica. Silva finalmente mostrou sequência e deu o sangue na partida, e claro a alegria de ver Sanchéz Miño jogando.

O Rojo conseguiu um bom resultado, e com o empate agora decide a vaga em casa podendo empatar até pelo placar de 2 a 2, para ficar com a vaga, obrigando o Boca a vencer. A  equipe provou ser encardida quando consegue se organizar, tendo como destaques a atuação de Rosales e Patricio Vidal.

Boca: Sebastián D’Angelo; Christian Cellay, Rolando Schiavi, Guillermo Burdisso, Clemente Rodríguez; Pablo Ledesma, Leandro Somoza, Juan Sánchez Miño; Cristian Chávez (Emiliano Albín); Nicolás Blandi (Lautaro Acosta) e Santiago Silva. DT: Julio César Falcioni.

Independiente: Hilario Navarro; Roberto Russo, Cristian Tula, Leonel Galeano (Samuel Cáceres), Claudio Morel Rodríguez; Jonathan Santana, Fabián Vargas (Osmar Ferreyra), Roberto Battión, Paulo Rosales; Patricio Vidal (Luciano Leguizamón) e Ernesto Farías. DT: Cristian Díaz.

Árbitro: Patricio Loustau.

Cartão Amarelo: Rolando Schiavi, Pablo Ledesma (Boca); Morel Rodríguez, Leonel Galeano, Fabián Vargas, Roberto Russo (Ind)

Cartão Vermelho: Rolando Schiavi (Boca)

Estádio: Alberto J. Armando. (La Bombonera)

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

View Comments

  • Se o Boca tivesse um ataque minimamente calculista, a parada teria sido liquidada hoje.

    Mas resolvemos dar uma sopa pra esses caras.

    Que o Boca estava desfalcado? Bom, eles não têm nada com isso. Não foi o Cantero que organizou excursões caça-níquel, daquelas que só ferram a pretemporada e enchem os cofres de quem não deve. Como sempre acontece...

    Ah, claro, foi preciso o Erviti se quebrar pro cara de bruxa botar o Sánchez Miño. Quem sabe ele fique de vez. E não seja vendido tão cedo.

    Pensando melhor... Este último pedido é impossível de se atender.

    Vamos ver lá em Avellaneda. Dá pra passar.

  • Diogo falou tudo. Falta ataque. Talvez por termos nos acostumados mal com Palermo, Tevez, Palacio........

    E já dizem que o Napoli está de olho no Sahchez Miño

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