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River quebra recordes na B Nacional

Quando o River Plate caiu de divisão muitos supuseram que poderia ser o início do fim da história de glórias do maior campeão da história do futebol argentino. Para outros era a oportunidade de elevar a B Nacional a um outro patamar. E até agora parece claro que é o Milo que está mudando a B Nacional, e não o contrário.

Um grande exemplo foi a partida de sábado contra o Instituto. Certamente uma partida cheia de especificidades, pois valia liderança do torneio e envolvia uma equipe muito tradicional do interior, que abdicou de jogar em seu próprio estádio para ter a oportunidade de uma renda mais alta. O resultado foi espetacular: mais de 60 mil pessoas compareceram ao estádio Mario Alberto Kempes, gerando uma renda de mais de 1 milhão de dólares. A partida foi a que teve maior audiência na TV argentina no fim de semana, com uma média de 15,2 pontos, contra 14,4 de média de Boca x Belgrano.

Há outros fatores de sucesso no atual torneio. O equilíbrio na pontuação, a presença de outros clubes tradicionais (Rosario Central, Huracán, Quilmes, Gimnasia, Ferro, Chacarita) e várias grandes torcidas do interior do país (o próprio Instituto é um exemplo) e a incorporação da B Nacional ao Futbol para Todos, e sua consequente transmissão pela TV aberta (até a última edição o torneio só passava na TV a cabo) são alguns fatores. Mas é impossível evitar um fato: o River, com toda a sua torcida e história, é um fator essencial para transformar essa edição da B na mais interessante de todos os tempos.

E a campanha do Milo favorece isso tudo. A equipe lidera o torneio desde o início, mas como ainda não se encontrou plenamente, tem feito jogos equilibrados, de modo que tal liderança não é folgada. Com isso, os adversários podem sonhar em fazer frente ao superpoderoso rival, e os hinchas podem assistir as partidas esperando algum equilíbrio. E traz a expectativa extra sobre quem será o primeiro rival a bater o River. Forte o suficiente para assumir o protagonismo, mas não o bastante para tornar o torneio desequilibrado, o River tem se mostrado a equipe perfeita para mudar o patamar da B Nacional.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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  • bom, pelo menos isso. quando um grande clube cai de divisão é normal que a B nacional mude de patamar. fica muito mais atrativa etc. mas isso vai acabar logo, logo. .. Avante river.

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