Apesar de toda determinação, entusiasmo da torcida e de ter conseguido uma vantagem mínima na primeira etapa, o fraco time do Independiente, que só está na Libertadores por ser o atual campeão da Copa Sul-Americana, acabou cedendo um amargo empate diante da LDU, resultado que praticamente elimina o Rojo da principal competição do continente. E tudo isso deve-se, quem diria, a falta de jogadores de referência no plantel. Justo ao Rey de Copas.
Nos últimos dias, o técnico Antonio Mohamed havia convocado a torcida para ser o 12º jogador. Talvez por saber que somente seus jogadores não conseguiriam dar conta do recado. E a torcida chegou a responder a altura, lotando o remodelado Doble Visera. Apesar de não ter suprido a capacidade máxima do estádio (uma vez que não está totalmente entregue), o torcedor não deixou de fazer a festa durante toda a partida, apoiando um time sem experiência. Para se ter idéia, o Independiente entrou em campo com seis jogadores nascidos em 1990 (entre 20 e 21 anos). Mas, nem com o peso do torcedor acostumado com a mística copera, o Independiente conseguiu superar a LDU, que por sinal, vem ai sim, mostra ser uma equipe acostumada com esse tipo de competição. Prova disso são os títulos obtidos nos últimos quatro anos.
E o fato do time não ter essa experiência, o apoiou do início ao fim. Em nenhum momento vaiou. E os jogadores deram o máximo e lutaram até o último instante, tendo como recompensa o aplauso ao fim da partida, apesar do resultado. Mas, na segunda etapa justamente essa a falta de experiência acabou pesando ao time argentino. Não pela camisa. Repito: pelo time que hoje tem.
A Liga de Quito, na rara oportunidade que teve durante toda a partida, conseguiu chegar ao empate logo aos 12 minutos, num chute de Hernán Barcos que desviou em Julian Velázquez e enganou Assmann. O gol abalou um time que já vem de resultados ruins no Clausura e que vem com a alcunha de ser um dos piores planteis que o Independiente formou nos últimos anos.
Retrato disso foi que depois do empate, o Rojo não tinha um jogador de qualidade para dar aquele último toque, principalmente após a lesão de Patito Rodriguez. Nem mesmo a entrada do experiente Gracian ajudou ao time (mais um fato para os torcedores do Boca odiarem o ‘enganche’). Resultado: Uma precoce eliminação, ainda que não matemática.
Tanto que é bem possível que para a partida contra o Peñarol, em Montevidéu, o técnico Antonio Mohamed coloque um time misto. Isso porque para garantir a classificação, o Independiente terá de fazer oito gols e torcer por um empate da LDU com o Godoy Cruz na altitude de Quito para se classificar. Os preparativos, assim ficam para a partida do próximo fim de semana, quando o Independiente tem um clássico contra o Racing, tido como a partida que salvaria o primeiro semestre. E olhe lá.
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Com esse elenco fraco e limitado, o Independiente dificilmente iria longe na Libertadores. Precisa melhorar muito se quiser brigar por títulos, a começar pelo comando. A gestão desastrosa de Julio Comparada é a grande responsável pela atual situação do 'Rojo' e ele ainda tem a cara-de-pau de se candidatar à reeleição no clube. Quando houver no Independiente um candidato sério para representar a chapa de oposição, Comparada perderá de lavada.
O time não tem qualidade, não tem padrão de jogo e só chega ao ataque na base do chutão.
O Independiente é um gigante adormecido do futebol mundial e não merece passar por essa situação.