Blog FP: A verdadeira história negra do futebol argentino
Quando comecei a gostar do futebol argentino, foi justamente quando o Brasil vivia um dos momentos mais deploráveis em seu futebol, com viradas de mesa. Anos depois, tive a ideia de criar este site que vocês já conhecem e fiz juntei o útil com o agradável. Pessoas com o mesmo sentimento também chegaram e deram continuidade a este trabalho. Mas, hoje me sinto um completo idiota em ser fã do futebol de nossos vizinhos. Nunca imaginei que o fato ocorrido nesta noite em Buenos Aires poderia acontecer. Verdadeiramente, como fã do futebol argentino, tomei uma punhalada nas costas.
O artigo que escrevi em um primeiro momento, na criação do site, tem de ser anulado. Sempre soube que Ricardo Teixeira e Julio Grondona eram da mesma laia, eram corruptos e faziam as coisas apenas em prol de si e dos grandes clubes. Mas, acreditava que o estilo de jogo do futebol praticado por aqui (escrevo de Buenos Aires), a forma clássica de jogar, poderia mudar alguma coisa. Mas, nada merece ser exaltado a não ser a individualidade… Justo em um esporte coletivo.
Já li alguns livros sobre as histórias negras do futebol argentino. Assim como no Brasil, há muitos. Mas, nada pior do que esse que momento. Nada pior do que essa virada de mesa esdrúxula e podre, tudo em prol dos grandes argentinos. Como bem informamos em nosso twitter e por aqui também, não foi apenas para salvar o River Plate. A queda do clube está ligada a isso, obviamente, mas isso beneficia também os grandes (tenho vergonha de escrever de chamar um clube argentino desta maneira nesse momento) Boca, San Lorenzo e Racing, que teriam problemas com o rebaixamento a partir desta temporada.
Não devemos nos iludir. Viradas de mesa, mudanças de regras consolidadas sempre acontecerão. É assim que acontece no mundo dos poderosos. Virada de mesa está para o futebol da mesma forma que a mudança de regras de dívidas dos banqueiros está para o sistema financeiro. Para os poderosos, o nosso amor pelo futebol só vale quando dá lucro.
Infelizmente, a reunião que acontecerá no próximo dia 18 de outubro, só irá decidir quantos clubes farão parte da maior várzea do futebol mundial. Não importa se serão 36, 38 ou 40 times. O fato é que o futebol argentino voltou 80 anos no tempo, resgatando o amadorismo e deixando os verdadeiros fãs do esporte indignados com tal ação dos dirigentes que não admitem perder (Infelizmente, não houve nenhum voto em contra de algum dos clubes, apenas abstenção).
Mas, não será por toda decepção que abandonaremos o barco nesse momento nebuloso Se já éramos críticos, vamos ser ainda mais. Se já corríamos atrás da verdade, buscaremos ela ainda mais. Se não tínhamos rabo preso com ninguém, não será agora que iremos ter. Continuaremos com nossa cobertura ampla e única sobre o futebol de nossos vizinhos. Nossa missão apenas está começando.
Também assinam esse texto Rafael Duarte Oliveira Venancio, Alexandre Anibal, Tiago Melo, Rodrigo Vasconcelos, Junior Sagster, Joza Novalis, Sergio Trivelato e Victor Limeira.
Parabéns pelo texto rapazes. Eu Willian Alves de Almeida, 23 anos, nascido em Mataderos, Bs.As Capital Federal, residente e registrado em São Paulo/SP assino este texto também.
Sinto-me tb enojado com isso , o futebol naõ merece viradas de mesa.!!!!
Parabens pelo texto
faço côro com os colegas! Meus parabéns pelo texto, fui absolutamente contemplado pelas ideias apresentadas.
Imagina um dois grandes ser rebaixado nesse bolão que fizeram? irão fazer um torneio de 60 times? Eles são capazes de tudo!
E ainda estão fazendo na maior cara de pau, pois pelo que falei com minha família na Argentina todos estão dizendo que é uma vergonha esse ‘mamarracho’ de torneio.
O San Lorenzo já foi rebaixado e voltou jogando, Racing também, até Estudiantes fez história quando foi rebaixado: No último jogo em primeira, com o time já rebaixado jogou a casa lotada, venceu ao Racing 4-1 e o jogo teve de acabar antes pois a torcida invadiu o campo, pegou os jogadores nos ombros como se estivessem comemorando um campeonato. Aquele time de Estudiantes tinha Verón, Palermo, Bossio, Calderon (todos em algum momento foram seleção argentina). Ao ano seguinte Estudiantes foi campeão do Nacional B 11 pontos acima do segundo colocado.
Confiram no final deste video:
http://www.youtube.com/watch?v=gfAg360jLGk&feature=related
parabens pelo texto,
acho ridiculo virada de mesa.!!!
A decadencia argentina finalmente chegou ao futebol. Muito triste o que se passa neste país.
Mesmo tendo o River Plate no meu coração, sou totalmente contra a virada de mesa.
Parabéns pelo texto.
quem sabe , talvez, pode ser o início, para que, daqui a alguns anos, o campeonato possa ser como o brasileiro, ou até mesmo um europeu. porém, é lamentável a virada.
Crie um campeonato com os 10 maiores da Argentina então, senhor Grondona, onde não há rebaixamento !?!?
PARABÉNS PELA MATERIA.
TUDO ISTO SÓ CONFIRMA UM COMENTÁRIO QUE FIZ ANTERIORMENTE SOBRE ESSES VERDADEIROS MAFIOSOS DO ESPORTE. TANTO NO BRASIL COMO NA ARGENTINA, SÓ ENXERGAM O QUE PODE ATRAPALHAR OS SEUS INTERESSES. ACHO UM ABSURDO DIRIGENTES COMO ESTES, SE SENTIREM INTOCÁVEIS QUANDO DECIDEM ALGO. SÃO VERDADEIROS POLÍTICOS SEM ESCRÚPULOS, QUE PERPETUAM NOS CARGOS QUE OCUPAM. NÃO IMPORTA OS MEIOS QUE OS MANTEM NO TRONO.
Um verdadeiro “acordão”.Todos os envolvidos que aceitaram a virada, de uma maneira outra se beneficiam com isso. Vergonhoso e lamentável.Creio que os torcedores (conscientes e racionais ) do River estão envergonhados em dobro.
Pra mim, acabaram com o principal motivo que me faziam acompanhar o campeonato argentino : o fator COMPETIÇÃO, que é o que mais sinto falta aqui no futebol brasileiro – e isso está contribuindo para que os jogadores daqui sejam/fiquem cada vez mais “moles”, na minha opinião.
Abraço.
Parabéns pelo texto.
É com muita tristeza que vejo que o futebol argentino que tanto gosto ainda está parado no tempo, assim como o país, em diversos aspectos.
Uma pena para os fãs e hinchas.
Parabéns pelo texto. Também estou de luto e esses criminosos que a cada dia assassinam o futebol e a decência continuarão impunes.
Olha a declaração da AFA reconhecendo que estão favorecendo ao River com essa nova proposta de torneio: “La televisión nos dice que ellos pagan por tener a los mejores y nosotros se los tenemos que dar”.
Fuente:
http://www.clarin.com/deportes/AFA-quilombo-salvaba-River-descendido_0_524347779.html
nao vou para de torce por culpa do senhor grondona ARGENTINA PARA MI HASTA LA MUERTE!!!Y FORA GRONDONA
Apenas uma palavra: “Decepcionante!”
Não torço pra ninguém na Argentina, mas simpatizo com Chacarita e Racing, me vejo desanimado em acompanhar o Campeonato.
Se eu fosse torcedor fanático do River, provavelmente ficaria amando em silêncio, me retiraria de cena, jamais aceitaria algo do tipo.
Ainda bem que o Brasil mudou um pouco, Botafogo, CAM, Corinthians, Palmeiras, Vasco caíram e subiram em campo….
bom, descordo dos colegas, Aprovo a mudança e não vejo isso como virada de mesa, acho que é sim válido mudar o campeonato para atender necessidades dos times e tornar o competição mais atrativa. faria o mesmo no brasil, um torneio com 32 equipes em 4 grupos. Minha opinião.
Alexandre, poderia concordar também, se os cinco grandes times argentinos estivessem em boa situação na primeira, bem como o time da presidenta (Gimnasia La Plata). Aí, federalizar o campeonato, corrigindo uma distorção mais que centenária, teria um lado legal, politicagem à parte…
O problema é eles implantarem isso agora, com o River e Gimnasia na B, e com Boca, San Lorenzo e Racing a perigo nos promedios. A ideia, que em outro momento poderia ser louvável, ficou claramente oportunista…
Mas afinal , o que e9 bogebam? Algue9m anda por aed com um detector de bobagens ativado? Ele mede tambe9m o nedvel da bogebam? Bobagem para quem? Onde? Ainda bem que eu posso falar bobagens, ne3o falar, falar muito, mudar de ide9ia, sf3 assim he1 condie7f5es para o die1logo, para a evolue7e3o e para se chegar ao bem comum.Quando eu era adolescente e meus irme3os eram criane7as, a minha me3e usava de sua sabedoria para lidar com as nossas bobagens . Para mim , em um dado momento, brigar com o namorado era algo muito se9rio, para o meu irme3o a bicicleta furar o pneu era muito grave, e para o outro, os carrinhos quebrarem era um probleme3o. A minha me3e ouvia com o mesmo respeito e seriedade as treas coisas, que poderiam ser consideradas bobagens por ela, diante de sua experieancia de vida. Com isso, nos sentedamos respeitados e confiantes de que qualquer coisa que tive9ssemos a dizer ela teria ouvidos para nos escutar e assim, fomos crescendo, seguros, confiantes.Este exemplo dome9stico, se aplica a muitos contextos. Ne3o e9?Sigo com a certeza de que qualquer bogebam pode ser uma grande solue7e3o, depende de quem ouve e de como ouve.