Bilardo confessa que pode haver mais brigas até o Mundial
Único representante da comissão técnica argentina na Cidade do Cabo, o secretário das Seleções Argentinas, Carlos Bilardo concedeu uma entrevista ao Diário La Nación deste domingo relatando todos os atuais problemas, explicando seu relacionamento com Maradona e que acredita muito em Lionel Messi durante o Mundial 2010. “Ele tem que jogar”.
Uma das principais revelações foi justamente a dos problemas internos, que para o comandante da Seleção campeã em 1986, abalaram o grupo. “Os conflitos que temos afetam os jogadores, principalmente os que atuam fora, porque não sabem o que está acontecendo, o porquê de tudo aquilo que está escrito da internet e não conhecem bem quem é o que está acontecendo”, e ainda completou: “Poderá haver mais algumas confusões. A convivência até o Mundial será igual como sempre foi”.
Para os mais otimistas, isso é algo que se repete após 24 anos. Durante as Eliminatórias Sul-Americanas, apesar das quatro vitórias antes duas partidas contra o Peru, a derrota na antepenúltima fase, jogando em Lima, obrigou a Seleção a no mínimo empatar para garantir a classificação, como aconteceu no Monumental de Núñez, da mesma forma que neste ano – com chuva e emoção, com direito a gol de Passarella após Argentina estar perdendo por 2×1 (Veja o vídeo daquela partida).
“Em 1986 não entravamos em acordo devido o esquema do time, por quem seria capitão. As vezes, os garotos faziam reuniões e eu me intrometia. Sempre falávamos o que estávamos pensando. Uma vez estávamos em Sevilla, terminando discutindo muito porque se indignaram quando eu recomecei uma partida a dez minutos do segundo tempo. Quem separou foi Claudia e Franchi”.
Além disso, Bilardo não nega que sempre houve confusões e que o abraço após o jogo em Montevidéu já havia ocorrido no Monumental. “Aconteceu no corredor do vestiário. Estávamos só. Comemoramos muito. A classificação eu festejei mais do que na conquista do Mundial. Não tenho nem foto de 86”. Em meio a tudo isso, o secretário das seleções, tido também como manager, revela: “Messi é como Maradona em 86. Diego jogou muito pouco antes do Mundial. Messi tem com um aval futebolístico, mas tem que jogar”.