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Belgrano vence San Martín (SJ) fora de casa e pressiona líderes

Em San Juan, a equipe local recebeu o Belgrano e foi amplamente dominada do início ao fim do encontro. No primeiro tempo o visitante já poderia ter feito ao menos um gol, já que atuou como se estivesse em Córdoba. Porém, foi no segundo tempo, quando Belgrano já não demonstrava o mesmo jogo articulado da primeira etapa que chegou ao gol da vitória. Isso graças a dois jogadores. Graças a Vázquez, que foi o melhor homem em campo disparado. E graças a Claudio Pérez, o jogador do Pirata que mais evoluiu desde quando atuava na B Nacional. Pérez fez de cabeça o gol, após cobrança de falta sofrida por el Mudo. O resutldao representa a terceira vitória consecutiva do Pirata. Mas que isso, representa o acesso aos primeiros postos da tabela, algo planejado e esperado pela comissão técnica da celeste cordobesa.

No primeiro tempo em San Juan, a principal personagem em campo foi o vento. Sim, a principal, pois também havia uma empolgada hinchada, que parece ainda não ter acordado do sonho do acesso. Também havia dois jogadores fazendo a diferença e ambos atuando pelo conjunto visitante. Mansanelli como meio-campista pela direita e Franco Vázquez, enganchando as jogadas, a partir do bom combate oferecido e vencido no meio-de-campo pelos bravos jogadores do Pirata.

Capaz até de desviar uma bola aos 33, o vento, não parecia capaz de impedir os dois bons atletas de Córdoba de comandarem um Belgrano que dominava o meio-de-campo e buscava o gol diante de um Verdinegro que não se encontrava na partida.

Aos dez, Mansanelli conduziu bem pela direita e cruzou com precisão para el Picante Pereyra que com muito estilo acertou a trave de Pocrnjic. Indefeso, o pobre arqueiro apenas assistiu o complemento da jogada. A resposta veio aos 15, com Graff cobrando falta forte e rasteira no canto esquerdo de Olave. Na sequência, um grande momento da partida. A pelota sobrou fora da área e foi arremessada ao arco visitante. Então apareceu Graf para desviar de calcanhar para o gol de Olave que a defendeu de forma surpreendente. No rebote o próprio Graf cabeceou para outra grande defesa do arqueiro cordobês.

Contudo a jogada de Graf foi um momento único para o Verdinegro. O Belgrano praticamente foi o senhor da partida e só não fez o gol por capricho, sorte ou falta de penetração em alguns momentos. Aos 20, Rivair Rodríguez arriscou de fora da área com perigo. Aos 37 foi a vez de el Mudo Vázquez (o mais talentoso em campo) chutar de fora da área e ver a pelota passar próxima a Pocrnjic. Aos 40 foi a vez de Mancuello. Três jogadas que bem dimensionaram o que foi o domínio do Pirata no primeiro tempo. Contudo, o cotejo ficou 0x0.

A segunda etapa começou com o vento em campo e os demais jogadores correndo para lá e para cá sem que fizesse qualquer coisa de útil pela cancha. Ainda ssim o domínio continuou sendo do Pirata. Porém, ao contrário do tempo inicial, o segundo murchou de ações ofensivas e jogadas de perigo. Deu sono.

Com domínio absoluto no setor de meio-de-campo, o mais louvável era que o conjunto visitante tentasse construir jogadas a partir do setor. Em vez disso, porém, o Belgrano insistia em ligação direta do arqueiro para o isolado picante Pereyra no ataque. Não dava certo e nada acontecia. E até por causa disso que foi o Vedinegro quem chegou pela primeira vez aos 32. Após cobrança de escanteio Federico Poggi cabeceou para a boa intervenção de Olave.

Todavia a combinação da jogada correta com a presença de um grande jogador em campo fez o futebol do Belgrano voltar a crescer. El Mudo se deslocava por todos os setores do ataque. Articulava as jogadas, corria e apanhava. E foi justamente em cobrança de falta sofrida por ele que o Pirata chegou ao gol da vitória. Em cobrança de Mancuello o zagueiro Claudio Pérez subiu absoluto para fazer o gol. 1×0 para o visitante que chegou à sua terceira vitória consecutiva. Na próxima rodada o San Martín será visitante na cancha do Colón, enquanto o Belgrano será local frente ao Lanús, em Córdoba.

Formações:

San Martín (SJ): LucianoPocrnjic; Marcos Galarza, Cristian Grabinski, Lucas Landa, Emanuel Más; Mauro Bogado (Diego García), Lucas Oviedo, Maximiliano Bustos (Wagner), Marcos Aguirre (Ayala); Federico Poggi; e Claudio Graf. Técnico: Daniel Garnero.

Belgrano: Juan Carlos Olave; Gastón Turus, Alejandro Lembo, Claudio Pérez, Juan Quiroga; César Mansanelli (Parodi), Guillermo Farré, Ribair Rodríguez; Franco Vázquez (Grana); César Pereyra e Andrés Silvera (Mancuello). T: Ricardo Zielinski.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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