Nos dois jogos que deram início à última rodada do Apertura 2011, os mandantes se deram melhor. O Argentinos recebeu o Olimpo e venceu por 1 a 0. Pelo mesmo placar o Belgrano derrotou o Arsenal, foi a 31 pontos e finalizou a temporada de 2011 de uma forma grandiosa ao mandar o River para a B Nacional e acumular boa quantidade de pontos para se livrar do rebaixamento.
Em Córdoba, o Gigante de Alberdi recebeu um ótimo público para ver o Belgrano pela última vez no grande ano que foi 2011. O “Pirata” voltou à elite do futebol argentino após oito anos, mandou o River Plate para a B Nacional e está a um jogo de bater o recorde de invencibilidade jogando como visitante. Méritos para Ricardo Zielinski, técnico da equipe, mas também para figuras como o veterano goleiro Olave, César “Picante” Pereyra e, principalmente, Franco Vázquez.
Por falar em Vázquez, ele foi o responsável pela única nota triste do domingo do “Pirata”. Hoje os torcedores do Belgrano viram sua última partida com a camisa celeste. O “Mudo” foi negociado com o Palermo e a partir do ano que vem mostrará sua classe nos gramados italianos. O contrato já havia sido assinado desde o início do Apertura e o clube europeu havia concordo em contar com o atacante apenas no final da temporada argentina.
Vázquez não quis se poupar e novamente brindou a torcida do “Pirata” com uma grande atuação que não poderia ter sido coroada sem um gol. Logo aos 10 minutos ele chutou da entrada da área e colocou a bola no travessão de Campestrini. Quatro minutos depois, ele fez uma tabela com “Picante” Pereyra, entrou pela esquerda e bateu cruzado, sem nenhuma chance para o goleiro do Arsenal. Era o primeiro gol do Belgrano.
O Arsenal apenas incomodava nas bolas paradas, uma de suas principais jogadas. Obolo teve uma oportunidade aos 35 minutos, porém a bola saiu. O Belgrano por sua vez seguia apostando na rapidez de Vázquez e Pereyra para chegar ao segundo gol e criou uma boa chance com Mancuello, aos 42 minutos. Não fosse o corte de Burdisso, o ex-Independiente faria o segundo do “Pirata”.
No segundo tempo o Arsenal saiu mais e começou a ficar com mais posse de bola, obrigando o Belgrano a se fechar e tentar liquidar a partida num contra-ataque. No entanto, o time de Sarandí quase não chutou a gol e com isso não obrigou Olave a realizar defesas importantes. Na base do “vamos-que-vamos”, o time de Gustavo Alfaro não conseguiu repetir as boas atuações do início de Apertura e contabilizou mais uma derrota, o que deixa a equipe em alerta pelos “promedios”.
BELGRANO – Olave, Turus, Lembo, Pérez e Quiroga; Mansanelli (Grana), Farré, Ribair Rodríguez e Mancuello (Teté González); Franco Vázquez e César Pereyra (Almerares)
Técnico – Ricardo Zielinski
ARSENAL – Campestrini, Nervo (Adrián González), Lisandro López, Burdisso e Trombetta; Marcone, Aguirre, Caffa (Zelaya) e Torres; Cardozo (Leguizamón) e Obolo
Técnico – Gustavo Alfaro
Árbitro – Alejandro Toia
Em Buenos Aires, tanto Olimpo quanto Argentinos entraram no gramado do Diego Armando Maradona sem muita empolgação e fizeram um primeiro tempo igual às suas campanhas no Apertura: medíocre. Sem a criatividade do meia Rolle, que começou a partida no banco de reservas, o Olimpo passou a utilizar o recurso da bola aérea para tentar surpreender os comandados de Néstor Gorosito.
A equipe de Bahía Blanca começou a chegar mais ao gol de Ojeda apenas depois dos 20 minutos. Aos 21, o lateral Parnisari chutou para fora uma bola que sobrou para ele na grande área. O Argentinos, embora com três atacantes, teve apenas uma boa chance com Bordagaray. Aos 39 minutos, o ex-River e San Lorenzo recebeu no meio, dominou e bateu cruzado, com a bola saindo à esquerda de Ibáñez.
Os primeiros minutos do segundo tempo também passaram sem qualquer lance de emoção. Mas aos 10 aconteceu um lance que finalmente levantou os espectadores: o volante Basualdo viu Ibáñez fora de posição e chutou de antes da linha de meio- campo direto para o gol. A bola bateu no travessão, quicou e assustou muito o goleiro do Olimpo. Seria um gol para entrar para a história do simpático estádio do “Bicho”.
Gorosito sacou o inoperante Oberman e colocou o garoto Santiago Naguel. No seu primeiro lance, aos 18 minutos, ele abre o placar para o Argentinos: o jovem de 18 anos dominou pela direita e bateu cruzado. A bola desviou em Faccioli e passou por baixo de Ibáñez, que caiu atrasado e deu uma boa colaboração para que a bola entrasse.
A partir disso o Olimpo teve de sair para o ataque em busca do empate e deu mais espaços para o “Bicho”, que quase marcou com Pablo Hernández aos 28 e aos 36 minutos e com Rius aos 40. Nem mesmo a entrada de Rolle e do artilheiro Furch deram mais ofensividade ao “Aurinegro”, que com essa derrota fica cada vez mais perto da queda para a B Nacional. Héctor Rivoira, que assume o time bahiense no ano que vem, terá muito trabalho.
ARGENTINOS – Ojeda, Prósperi, Sabia, Torrén e Barzola (Batista); Laba, Basualdo e Pablo Hernández; Oberman (Naguel), Salcedo e Bordagaray (Rius)
Técnico – Néstor Gorosito
OLIMPO – Ibáñez, Parnisari, Mancinelli, Faccioli e Aquino; Mauri (Litre), Vega, Rosada e Lucero (Rolle); Bareiro (Furch) e Franzoia
Técnico – Mauro Laspada
Árbitro – Silvio Trucco
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