Basile lamenta a saída do Racing e diz que carreira pode ter chegado ao fim
Em sua primeira entrevista após deixar o Racing, Alfio Basile se disse dolorido por ter saído do clube de seu coração. Defendeu Teofilo Gutierrez e declarou que a passagem pela Academia provavelmente tenha sido o fim de sua carreira.
“Como havia prometido, perdi e fui embora. Mas este final no Racing me dói mais do que quando fui embora da seleção. É mais doloroso por tudo o que sinto pelo Racing. Estou triste porque não consegui fazer o que queria no clube, disse El Coco à Rádio Mega. O treinador confirmou em seguida que sua carreira pode ter chegado ao fim: “o mais especial para mim era ser treinador do Racing, por isso aceitei a proposta, porque o clube me deu tudo, e devo tudo ao Racing. Agora vou descansar um pouco, e creio que será difícil que eu seja técnico novamente”.
Sobre Gutierrez, Basile observou: “quando cheguei ao vestiário vi o que todos já sabem. Entre homens as coisas se ajeitam assim. Como na minha época”. No entanto, passou longe de condenar o colombiano: “eu poderia administrar a situação com Teo. Se eu continuasse tudo teria ficado ali no vestiário”.
Se a entrevista de Basile visava contemporizar a situação, faltou combinar com seu preparador físico. Em entrevista à Rádio La Red, Carlos Dibos deu declarações fortes, a começar sobre Gutierrez: “Para mim a arma que Teo sacou não parecia de brinquedo. Estava logo ao lado, e nesse momento congelei. Não sabia o que fazer. Me perguntava o que estava fazendo ali, enquanto podia estar em casa. Apontava a arma a tudo o que se movia no vestiário, incluindo os que lhe diziam para ficar calmo. Foi uma situação horrível, quando alguém tem uma arma você não sabe o que ela tem na cabeça.. É um grande jogador, mas tem reações que não são de um profissional”.
Sobraram críticas também ao manager Roberto Ayala: “direi isso agora porque já disse a ele pessoalmente. Comigo ele se comportou muito mal. Nos demitiu por mensagem de texto. Em um certo momento, não quis afastar Yacob porque quando era jogador os dois se concentravam juntos. Chegamos a esses extremos”. Aliás, os comentários destinados ao volante, ao fim também dispensado pelo clube, foram igualmente duros: “após o jogo Yacob chegou rindo e assoviando, com um short do Independiente nas mãos, quase o xingo. É preciso ter mais respeito nessas situações, quando todo o grupo está triste”
Realmente fim de carreira péssimo para El Coco, mas é ainda pior ver um time com total potencial para brigar por titulos e jogar um bom futebol não conseguir chegar junto com os líderes por conta disso (brigas no elenco, jogadores descompromissados, técnico decadente)… E saber que eu apontava o Racing como um dos favoritos para o titulo.