“Barra”dos no baile
Para o jogo de ontem à noite entre Estudiantes e Newell´s pela Sul-Americana, cerca de 850 policiais foram destacados para fazer a segurança das torcidas dos dois times. O número elevado de autoridades pode ser explicado pelos temores de enfrentamentos entre as barras rivais da torcida do Newell´s. Desde o começo do mês esses grupos se enfrentam em busca do comando geral da barra, conforme já mencionado aqui.
A falta das bandeiras e das faixas da torcida do Estudiantes confirmou o que já havia sido anunciado pelo clube. Na Argentina existe um princípio legal chamado direito de admissão. Por meio desse princípio, o dono de um lugar privado tem o direito de admitir quem ele quer dentro de seu local. Como os barras do Pincha sabiam que o direito seria aplicado, não apareceram no estádio Centenario.
Já para os barras de Newell’s a história foi bem diferente. Três ônibus que levavam os torcedores da “Lepra” a Buenos Aires foram parados pela polícia na estrada. Na verificação, os policiais pediram os ingressos e as carteirinhas de sócios a todos os barras. Depois de conferidos os dois itens, a polícia pediu os documentos pessoais de cada um deles. E então veio a surpresa: nenhum torcedor portava suas identificações. Por conta disso, os policiais levaram os ônibus à delegacia mais próxima e, algum tempo depois, a polícia obrigou os torcedores a voltar para Rosário. Em um dos ônibus estava o atual chefe da barra, Diego “Panadero” Ochoa, que voltou mesmo tendo os ingressos para assistir o jogo em Quilmes.