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B Nacional: líder Instituto faz treino de luxo em San Juan e goleia Desamparados

Na jogada, Dibala mata no peito para arrematar no canto do porteiro. Foi o primeiro dos três gols da promessa de "La Glória"

Líder de uma competição qualquer um pode ser. Da B Nacional atual até o Gimnasia Jujuy já foi. difícil é manter essa liderança quase que de ponta a ponta na competição. É o que tem feito a equipe do Instituto de Córdoba. Um time tão seguro de sua condição que sequer parece sentir a insistente perseguição do tradicional River Plate à sua liderança. Na rodada, o conjunto dirigido por Darío Franco foi a San Juan e fez o que quis com o “pobre” Sportivo Desamparados. Jogou tanto que aos 24 da primeira etapa já vencia por 3×0. jogou tanto que pouco tempo depois do apito inicial já fazia do cotejo um mero treino de luxo. E jogou tanto por quê? Sobretudo porque tem no elenco uma das maiores promessas recentes do futebol argentino: Paulo Dybala. Paradoxalmente frio e calculista para a pouquíssima idade que possui, 18 anos. Frio do tipo que olha nos olhos do arqueiro antes de marcar. Na origem da carreira, tão frio quanto um Romário, a continuar assim, sabe lá se não vão compará-lo ao “baixinho”, no futuro.

O jogo em si

Mal começou o jogo e já no primeiro minuto Dybala guardou para “La Glória”. Longe de se abater, o Desamparados tentou descontar e dois minutos depois teve boa chance para isso. Não fez e sequer teve tempo para lamentar. Apenas cinco minutos depois, Paulo Dybala apareceu novamente para ampliar o marcador: 2×0 para o Instituto, diante de um Desamparados incrédulo em seu próprio estádio.

Fato é que a partir daí o Desamparados chegou várias vezes ao arco de Chiarini, mas sem guardar nenhuma pelota nas redes. A resposta a isso eram as chegadas fatais do visitante. Ninguém parecia errar um único passe no Instituto. Os lançamentos e passes curtos sempre faziam a bola chegar aos pés habilidosos de Diego Lagos e Dybala, o homem do jogo. Em números, a equipe local criava até mais situações de gol que os cordobeses. Porém, bastava uma chegada dos visitantes para a coisa ficar feia para o pobre porteiro local.

Assim foi que logo aos 25 minutos, Paulo Dybala apareceu novamente na frente do arco e sem trabalho guardou mais uma vez. 3×0 Instituto. Diante do assombro, o próprio Instituto resolveu tirar o pé e deixar o tempo passar.

Na segunda etapa, o mesmo filme. “La Víbora” tentando o ataque e “La Glória” esperando. Em parte, o problema, para os locais, ocorria pois a defesa do Instituto parece melhorar a cada rodada. Em parte, porque o ataque do Desamparados é muito ruim na definição das várias jogadas que a equipe consegue criar. E para piorar as coisas para a “Víbora” de San Juan, Diego Lagos foi o nome de quem ampliou para o mal educado visitante cordobês: 4×0 Instituto.

Então, para o líder da B Nacional, o caso redundou na definitiva administração do resultado. O técnico Darío Franco tirou da equipe López Macri e Diego Lagos para poupá-los. O jogo perdeu graça, pois sem o melhor do Instituto, os torcedores foram obrigados a ficar com o pior do Desamparados. Uma equipe com grande disposição para criar jogadas e com uma capacidade de definição típica de um time de quinta categoria. Eis que, de repente, o árbitro Fernando Rampallini foi vitimado por um grande dó da pobre e encolhida “Víbora” de San Juan. Inventou um pênalti, que Lamberti converteu e deu números finais à partida.

Mais um grande triunfo da equipe que nem se preocupa com o River Plate e segue firme rumo ao título da segunda divisão argentina. Na próxima rodada, o Sportivo Desamparados vai a San Salvador de Jujuy, encarar o Gimnasia local; enquanto o Instituto será anfitrião para a forte equipe do Defensa y Justicia.

Formações

Sportivo Desamparados: Matías Giordano; Hernán Lamberti, Fernando Fontana, Lisandro Beratz, Lucas Rosales; Federico Rosso, Ignacio Anívole, David Drocco, Emanuel Campo (Augusto Álvarez); Emanuel Reinoso (Walter Cuevas) e Gonzalo Parisi. Técnico: Ricardo Dillón.

Instituto: Julio Chiarini; Raúl Damiani, Osvaldo Barsottini, Juan Ignacio Sills; Alejandro Gagliardi, Ezequiel Videla, Nicolás López (Franco Canever); Hernán Encina, Claudio Fileppi, Paulo Dybala e Diego Lagos (Mario Moreno). Técnico: Darío Franco.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

View Comments

  • a meses eu ouco falar muito bem de dybala, nenhum clube brasileiro mostrou interesse, na hora que um clube querer contratalo seu passe ja estara fora do mercado brasileiro.

  • Já tô começando a me contentar com o ascenso mesmo sem o título, esse time não deixa o River chegar nem a pau na liderança, não larga o osso nunca.

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