Pressionado pelos últimos resultados e com seus principais rivais se distanciando na tabela, o Central entrou em campo no Arroyito para se deparar com o Gimnasia y Esgrima de Jujuy: na perspectiva, o fato de que os mesmos rivais, que estão à sua frente, tropeçaram na rodada e lhe ofereciam a oportunidade de encostar novamente na ponta. Apesar de ter marcado apenas na etapa complementar, a equipe não decepcionou sua torcida e fez 2×0 nos visitantes. Mas não foi fácil. Precisou jogar muito. Precisou de garra, luta e a velha alma de sempre. E precisou de tudo isso para vencer, pois se o Lobo se engrandeceu na marcação e na tentativa de manter o placar zerado, o símbolo disso foi o seu arqueiro Cavallotti, o melhor homem em campo no Arroyito.
Assim que o árbitro Ariel Montero apitou o início da partida, o que se viu na cancha foi o mesmo filme de sempre. A velha garra e disposição do Canalla, que pretendia rapidamente chegar ao gol e se tranquilizar. Assim, logo aos dois minutos Castillejos foi o último toque na bola, em cabeceada forte, após excelente jogada de Zarif pelo flanco esquerdo. Cavallotti mostrou suas credenciais e impediu o gol.
A pressão era forte e se construía pelo bom uso dos lados do campo. Aos seis, Méndez e aos sete minutos Biglieri chegaram com perigo para dar o recado: era jogo de ataque contra defesa e se o Gimnasia não quisesse perder teria de fazer milagres no Arroyito. O que os atletas canallas não sabiam é que esses milagres ocorreriam duranto o jogo e eles se materializariam em uma figura, no excelente arqueiro Maxi Cavallotti, do Lobo.
O meio da cancha tinha dono, aliás dois: Méndez e Mozzo. Daí, ficava fácil que a trama ofensiva ocorresse com facilidade. Pela direita subiam Ferrari e Biglieri; pela esquerda “el Turco” Zarif e Gómez. Dessa forma, os locais prendiam o Lobo no seu campo de defesa e, com forte pressão, dificultavam a saída de jogo do rival e forçavam a ligação direta, uma verdadeira rifa da pelota que, na maioria das vezes, era ganha pela desocupada defesa canalla. O cenário era muito positivo para a equipe de Juan Antonio Pizzi, porém, o gol não saía e a torcida ficava tensa.
Aos 16 minutos, Toledo teve grande chance, bem na frente do arqueiro jujeño, que mais uma vez frustrou a expectativa do Central. Depois de muita pressão canalla, o Gimnasia chegou com perigo no fim do primeiro tempo e Luna quase cala o estádio. O primeiro tempo acabou em zero; injusto para o que foi o duelo, mas coerente diante de um velho problema que ronda a equipe dirigida por Juan Antonio Pizzi: a dificuldade de colocar a pelota dentro do gol adversário.
A segunda etapa foi o mesmo filme da primeira. Ao menos nos primeiros minutos, pois, a partir dos 10, pareceu que o elenco comandado por Pizzi sentia o esforço do primeiro tempo. E o setor que acusou a perda de rendimento foi justamente o meio-de-campo, onde o total domínio canalla, da primeira etapa, dava lugar a uma briga ferrenha pela pelota. Pizzi se deu conta do fato e interferiu, com modificações na equipe.
O primeiro que saiu foi Toledo, aos 16, um minuto depois de perder uma boa chance de marcar o gol de abertura. Carrizo entrou bem na partida e logo aos 20 não marcou por muito pouco. Arrematou bem, mas o tiro saiu desviado. À essa altura, o Central tentava compensar a queda de rendimento com o aumento da garra de seus jogadores. Aos 23, Castillejos já se preparava para comemorar o gol, quando apareceu Remasco, em cima da linha, para salvar o Lobo de Jujuy.
Aos 29, quando a tensão enlouquecia os torcedores no Arroyito, finalmente saiu o gol do Canalla. Após bate-rebate dentro da pequena área, e de uma defesa incrível de Cavallotti, apareceu Jésus Méndez para guardar. Um gol tão chorado e sofrido como tem sido a campanha do Canalla na B Nacional. E paa o alívio dos torcedores, o segundo tento saiu cinco minutos depois, com Biglieri, após boa jogada de Carrizo.
A partir daí, a equipe canalla se tranquilizou e buscou atrair o Lobo para seu campo e tentar as jogadas de contra-ataque. Aos 42, ainda teve a chance de marcar o terceiro gol com Carrizo, que acertou o travessão de Cavallotti. E ficou nisso. Uma vitória importantíssima do Central, que novamente se aproxima dos ponteiros. Agora está a um ponto do Quilmes, dois do River e três do líder Instituto de Córdoba. Na próxima rodada, o Canalla vai a Puerto Madryn se deparar com o Brown, enquanto o Gimnasia será local, diante do Patronato de Paraná.
Formações
Rosario Central: Manuel García; Paulo Ferrari, Nahuel Valentini, Franco Peppino, Omar Zarif; Julio Mozzo; Santiago Biglieri (Matías Lequi), Jesús Mendez, Ricardo Gómez; Javier Toledo (Carrizo) e Gonzalo Castillejos (Rodrigo Salinas). Técnico: Juan Antonio Pizzi.
Gimnasia de Jujuy: Maximiliano Cavallotti, Sebastián Díaz, Diego Chitzoff, Javier Páez, Guillermo Minici; Diego Magno (Enrque Trivero), Maximiliano Rodríguez, Daniel Ramasco, Leonardo Ferreyra (Arraya); Jorge Luna; e Alejandro Delorte (Giménez). Técnico: José Luis Calderón.
Almirante Brown 1×1 Huracán
Em Parque Patrícios, o Huracán recebeu o Almirante Brown e se salvou de uma dura derrota aos 50 minutos da segunda etapa, quanto Villegas empatou o duelo.
Prova de que a B Nacional anda bem complicada foi o empate do Huracán diante do enfraquecido Almirante Brown. Isso, depois de vencer na rodada anterior o Boca Unidos, em Corrientes, por 2×1. O visitante saiu na frente logo aos 26 minutos da primeira etapa, com um gol de Daniel Vega. O Globo não mostrou poder de reação e até mereceu perder de mais.
Na etapa complementar, o conjunto local buscou o empate na base da pressão e com pouca organização. Só conseguiu aos 50 minutos. No fim, o empate não serviu a nenhum dos times. Ambos se distanciam do sonho da primeira divisão, já que cada vez mais se afundam na tabela. Na próxima rodada, o Globo será visitante do Independiente Rivadávia, enquanto o Almirante Brown será local diante do Aldosivi de Mar del Plata.
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Gimnasia vs Defensa y Justicia... no contra Patronato.
Obrigado, amigo, pela observação. Mas, nesse caso, o Gimnasia Jujuy vai jogar mesmo com o Patronato, em Paraná. Quem encara o Defensa é o Gimnasia La Plata, no Bosque. Abraço.
Ah, bien. Bueno, no estaba aclarado qué Gimnasia era. Está bien.
Igual, boa matéria :)
Abraço