Azar no futebol, sorte nas finanças
Se por um lado os resultados futebolísticos estão irregulares e cheios de surpresas, os resultados financeiros do Boca Juniors vão muito bem. Será apresentado hoje à noite, na assembleia geral do clube, o balanço financeiro do exercício fiscal 2009/2010. O Xeneize encerrou o ano com um lucro de pouco mais de 1 milhão de dólares. Para termos uma ideia da melhora nas finanças do clube, no ano passado o Boca fechou seu balanço do ano anterior com um prejuízo de mais de 2 milhões e 800 mil dólares.
Os números são provenientes das receitas operacionais (US$ 33 milhões), ganhos por vendas de jogadores (quase US$ 9 milhões) e pouco mais de US$ 50 mil de prêmios da Conmebol. Já os gastos somaram US$ 41,8 milhões. Os ganhos referentes às vendas de Gaitán, Muñoz e Boselli foram contabilizados após o dia 30 de junho. Como essa data define o encerramento do ano fiscal argentino, as receitas auferidas com as transações dos três jogadores somente serão registradas no próximo ano. Tais receitas representam quase US$ 18 milhões.
As receitas operacionais do clube vêm principalmente dos associados (40%), direitos de TV (23%) e marketing (20%). Os gastos por sua vez estão relacionados ao futebol (42%) e à manutenção da estrutura do clube (39%). Enquanto o ativo (que envolve o patrimônio, o dinheiro em caixa e os valores a receber) do clube está em quase US$ 59 milhões (dos quais mais de US$ 22 milhões são de parcelas de vendas de jogadores a receber), o passivo (todas as dívidas do clube a curto e longo prazo) é de US$ 34 milhões. De um período para o outro, as dívidas foram reduzidas em quase US$ 14 milhões.
Assim, a diretoria financeira do Boca projeta para esse ano fiscal um lucro de mais de US$ 10 milhões. Agora só falta transferir a boa fase financeira para o futebol.
