Avellaneda e a “Rua Diego Milito”
Quando chegou as categorias de base do Racing no ano de 1989, Diego Alberto Milito não poderia nem sonhar que o futebol te daria tanta coisa. Ser campeão com seu clube de coração, ter uma carreira de sucesso na Europa, fazer dois gols numa final de Champions League, jogar uma Copa do Mundo, voltar ao seu clube e ser campeão com ele novamente. Mas o que ele ganhou no último final de semana foi uma homenagem tão grande quanto estes feitos: um pedaço de Avellaneda agora leva o seu nome. Uma das ruas que dão acesso ao estádio Cilindro, agora se chama “Diego Milito”. A inauguração aconteceu no último sábado e contou com centenas de torcedores do Racing Club, além do próprio ídolo.
Milito esteve acompanhado de sua mulher Sofia e de seus filhos, Leandro que joga nas categorias de base do Racing, Agustina e a recém nascida Morena. Também estiveram presentes seus ex-companheiros, Sebastian Saja, Luciano Aued, Nicolás Sánchez e Marcos Acuña. “Isto é emocionante demais. Esta sempre foi a minha casa e tenho plena consciência do que significa ver meu nome ao lado do estádio do Cilindro. É muito forte”, reconheceu o ídolo de 37 anos que escutou ainda uma emocionante carta de sua mãe Mirtha e o relato de Miguel Gomis, um homem chave no seu início de carreira na Academia. O goleiro Saja também discursou na ocasião e disse que o acontecimento significava bastante para a comunidade azul e branca de Avellaneda. “A partir de agora toda vez que chegarmos ao Cilindro vamos dizer ‘vamos por Milito’. Nossa amizade é para sempre, assim como essa rua”. Ao pegar novamente o microfone, Milito disse ainda que estava se segurando para não chorar porque “já havia chorado muito em sua despedida”, anunciada ao final do campeonato argentino.
As particularidades de Avellaneda
Os estádios dos rivais da cidade, Racing e Independiente são separados por apenas 150 metros, um caso único no mundo e a partir de agora Avellaneda também terá em apenas dois quarteirões, três ruas com nomes de ex-jogadores de futebol. Oreste Omar Corbatta, campeão com o Racing em 1958, 1961, 1964 e 1965 além de ter disputado a Copa de 1958 com a Seleção Argentina e Ricardo Bocchini, campeão mundial com a Seleção em 1986 e multi-campeão com o Independiente.
E na madrugada desta terça-feira a placa da rua que homenageava Milito foi roubada, ficando apenas a de homenagem a Bochinni. Obra de algum torcedor do Independiente enciumado ou de algum racinguista louco pra possuir a “raridade” em suas mãos? A polícia até agora não tem suspeitos de quem possa ter realizado o furto.
Milito merece muito essa homenagem. Com certeza um dos maiores da história do Racing. Bela Matéria
Não é um único caso no mundo.
Olhem aqui outros exemplos:
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/2015/02/25/estadios-rivais-lado-a-lado/