Arsenal vence mas está fora da Libertadores
A vitória e o bom futebol dessa vez não bastaram. Mesmo com o placar de 2 a 1 a seu favor e o mesmo número de pontos do São Paulo (7), o Arsenal está fora da Copa Libertadores da América. Embora sabedor de sua difícil situação na competição, a equipe comandada por Gustavo Alfaro tinha um saldo de gols muito inferior em relação ao time brasileiro, que no mesmo momento recebia o Atlético Mineiro no Morumbi. Com a vitória do tricolor paulista, o Arsenal foi eliminado da competição continental.
O time argentino começou a partida muito melhor que o aurinegros bolivianos. Dos pés de Aguirre saíram as melhores chances da equipe. Em uma cabeçada de Carbonero e depois em outro desvio de cabeça feito por Gerlo, o “Arse” explorou o ataque com a melhor arma que tinha: a bola aérea.
O Strongest possibilitou o domínio do adversário porque, pressionados no seu campo, passou a adiantar a marcação. Com isso, o time boliviano chegou ao gol de Campestrini apenas uma vez, num lance de Reina. O atacante colombiano tentou um chute cruzado pelo lado direito, mas a bola saiu sem muito perigo.
Aos 29 minutos a resistência boliviana foi vencida. Depois de um cruzamento pela esquerda de Aguirre para Carbonero, o goleiro Vaca saiu para interceptar a bola, que sobrou do outro lado para Rolle. O ex-jogador do Olimpo dominou rapidamente e bateu seco para o gol, mesmo com alguns zagueiros adversários na frente da meta. Gol que fez justiça pela produção do time argentino em campo. Com o resultado parcial, o Arsenal estava classificado para as oitavas-de-final da Libertadores.
No segundo tempo os comandados de Gustavo Alfaro continuaram no mesmo ritmo e quase ampliaram no primeiro minuto, com Furch. Tocando bem a bola no campo de ataque e usando as descidas de Damián Pérez pela esquerda, o time de Sarandí continuava a criar muito mais do que o time de La Paz.
Pelo volume de jogo apresentado, o segundo gol era uma questão de tempo. Aos 16 minutos, Furch, sem marcação alguma, escorou muito bem outra bola alçada na área por Aguirre. Vantagem tranquila para a equipe argentina e a classificação mais do que garantida. Mas logo depois o São Paulo abria o placar no Morumbi, arruinando as esperanças do “Arse”, que assim deveria tirar o grande saldo de gols para se classificar.
O time argentino poderia ter tido sua tarefa facilitada caso o goleiro Vaca tivesse sido expulso por uma entrada violenta sobre Damián Pérez, que precisou ser substituído. No entanto, a equipe de Alfaro também abusou de perder gols, desperdiçando muitas oportunidades sobre os cada vez mais cansados bolivianos.
No finalzinho, Reina ainda descontou para o apagado The Strongest. Mas de nada adiantou: com o resultado do Morumbi, as duas equipes morreram “abraçadas” e se despediram da Libertadores.
ARSENAL: Campestrini, Gerlo, Lisandro López, Cuesta e Damián Pérez (Diego Torres); Carlos Carbonero, Ortíz, Marcone e Aguirre; Rolle (Benedetto); Furch
Técnico: Gustavo Alfaro
THE STRONGEST: Vaca, Bejarano, Méndez (Smith), Barrera e Torrico (Chávez); Chumacero,Veizaga, Solíz (Kenny Brown) e Cristaldo; Pablo Escobar e Reina
Técnico: Eduardo Villegas
Árbitro: Carlos Vera (EQU)