Como prévia do jogo, Caruso Lombardi e Pizzi protagonizaram um interminável bate-boca, iniciado, claro, pelo técnico do Bicho da Paternal. Na essência da peleja, estava a categórica afirmação de Caruso de que o Bicho sairia do Nuevo Gasómetro com a vitória. E não deu outra. Não só o Argentinos triunfou, como jogou um balde de água fria no rival, então líder do Torneio Inicial. Barraza, Boyero e Gómez anotaram para o Bicho.
Desde os primeiros momentos do cotejo, o Argentinos deixou claro que não foi ao Gasómetro para perder a partida. Com uma ótima linha de quatro, protegida por dois volantes de contenção e por todo o restante dos homens de frente, o conjunto de Caruso soube armar uma arapuca para os cuervos. Ficavam quase todos atrás da bola e saíam para o contragolpe com uma incrível velocidade.
A proposta exigia do Bicho um compromisso com um bom passe e com uma distribuição rápida da pelota, de maneira a pegar a retaguarda rival ainda na perspectiva de ajudar seu ataque a chegar à meta de Miligliore. Contudo, o primeiro gol saiu justamente da maneira como o Bicho tem feito no atual campeonato: de cabeça. Assim, Julio Barraza não perdoou e guardou a pelota no arco de Alvarez. Eram contados 10 minutos de jogo.
O gol saiu justamente no momento em que o San Lorenzo parecia se ajustar em campo. Bastou abrir o marcador para que o Bicho se reagrupasse e ficasse ainda mais à vontade dentro de campo. Sorte do Argentinos e azar do Ciclón. O campo de defesa passou a ser o espaço principal por sobre o qual a pelota girava. Girava para lá e para cá e nada. Com um ótimo trabalho defensivo, otimizado pela abertura do placar, o conjunto visitante se dava ao luxo de experimentar a paciência cuerva também no campo de ataque. Assim, aos 25, Boyero quem foi o nome do gol: 2×0.
A partir disso, a impressão era uma só. A de que o Ciclón poderia atacar até segunda-feira que não faria nenhum gol no rival. Segundo tempo começou à maneira do primeiro. Bola distribuída com facilidade até o meio-campo e campo fechado próximo ao arco do porteiro visitante. Com a obrigação de tocar a pelota com rapidez, pouco a pouco o San Lorenzo perdeu sua criatividade na armação de jogadas.
Mais que isso. Também perdia a pelota com certa facilidade e oferecia um campo aberto para o faminto Bicho de Caruso Lombardi. O contra-ataque estava desenhado e o terceiro gol parecia questão de tempo. Não demorou muito. Em excelente jogada, a pelota saiu do campo de defesa e rapidamente encontrou os pés de Rodrigo Gómez. Eram rodados 25 minutos da etapa complementar: 3×0.
Resultado praticamente garantido e restou ao visitante que preservasse o placar para configurar uma derrota contundente para o então líder do Torneio Final. Do primeiro minuto de jogo ao último foi tudo como prognosticava Caruso Lombardi. Contudo, é bem possível que nem mesmo ele imaginava que o triunfo do Bicho fosse tão fácil como foi. A impressão foi a de que os jogadores jogaram também pelo técnico. Prova de que nem sempre o falastrão é tão odiado. Prova também de que nem sempre ele está errado em suas polêmicas declarações.
Gimnasia 3×1 Rosário Central
No Bosque, nas cedo, o Gimnasia recebeu o Central e não vacilou: fez 3×1 no rival, em partida surpreendente. Nem bem Pablo Pompei trinou o seu apito e o Lobo já chegava à marcação de seu gol. Ferrari se atrapalhou e jogou a pelota contra o próprio gol de Caranta: 1×0. O resultado assustou o Canalla e estragou o plano tático de Russo. O Lobo se aproveitou da instabilidade do visitante e tratou de ampliar o marcador. As tentativas não precisaram ser muitas.
Aos 20, Fede Rasic colocou a cabeça na bola para anotar o segundo gol do Gimnasia. O Central parecia dominado ainda pelas circunstâncias do jogo e parecia vacilar entre buscar o desconto ou fechar de vez a sua retaguarda para evitar um terceiro gol do Lobo. O plano não parecia a melhor alternativa. Não que o domínio do Lobo parecesse absoluto ou traduzido em grandes armações táticas. Longe disso. O problema é que o cotejo dava a impressão de que a noite não reservava muita sorte para o conjunto rosarino.
E foi justamente no momento em que o conjunto de Troglio estava mais perto do terceiro gol que o Central chegou lá. Aos 38, Franco Niell acertou um belo arremate e diminuiu a diferença. Mais que isso, deixou o jogo aberto e com possibilidades de o Canalla ainda lutar por um melhor destino no encontro. Assim foi o segundo tempo, quando o Central mandou na partida por grande parte do tempo. Niell passou a ser o principal nome do ataque canalla. Tivesse num dia de maiores acertos e o ex-atacante do Argentinos Juniors teria empatado a partida.
Pouco a pouco o campo de jogo foi ficando ao gosto do visitante. Mandando no Bosque, o Canalla tinha tudo para igualar o marcador ou até passar à frente do Lobo. A mudança no comando da partida pareceu ser o resultado da boa intervenção de Russo no intervalo. Só que a criação de jogadas não correspondeu a uma boa pontaria.
À medida que o tempo passava, o visitante aumentava o risco de levar o terceiro gol, já que ao não chegar à igualdade permitia ao Lobo não apenas que se adaptasse à partida, mas que tivesse um contra-ataque cada vez mais perigoso. Não deu outra. Aos 38 minutos, Nacho Fernández chegou lá: anotou o terceiro gol do Lobo e fez a alegria do público, no Bosque. Com a vitória, o Gimnasia segue com 100% de aproveitamento. Já o Rosário Central estaciona nos três pontos e vai temporariamente para a zona do rebaixamento.
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