Como alguns clubes brasileiros gostariam que a freguesia da seleção argentina ecoasse nos clubes argentinos. Mas não foi bem assim que as coisas aconteceram neste início de dezembro de 2020. Dos quatro confrontos entre Brasil x Argentina na Libertadores e Sul-Americanas, em três delas os brasileiros perderam para os Argentinos nas Copas continentais. Em seus domínios. O único que se salvou foi o Bahia, que segurou o resultado em Santa Fé e está nas quartas de final da Sul-Americana.
Na terça-feira, dois momentos. Mais cedo, o River Plate conseguiu demonstrar a sua superioridade diante do combalido Athletico PR. O Furacão até conseguiu segurar ao máximo o resultado, mas não demonstrou perigo aos argentinos. Destes duelos da Libertadores, ainda mais próximo da data dos confrontos, era o mais previsível possível.
Mais a noite, os argentinos se aproveitaram da prepotência de quem acha que pode vencer a qualquer momento, mesmo estando em ‘péssimo momento’. O Flamengo, atual campeão brasileiro e da América, entrou em campo achando que poderia vencer a todo custo. Perdeu gols como se não houvesse o amanhã. E não haverá. Lhe restará o Brasileirão, tendo que correr atrás do prejuízo obtido no início de novembro.
Em uma das pouquíssimas oportunidades, o Racing marcou o gol e se recuou. A classificação estava praticamente assegurada. Talvez um contra-ataque pudesse resolver tudo, uma vez que o Flamengo até sem zagueiro estava. Tomou o empate no fim e quase a virada, não fosse a decisão errada de Gerson restando um minuto para o fim. Nos pênaltis, os argentinos bateram com perfeição. Mais uma coisa que não ecoa nos clubes, em meio a derrotas amargas nos pênaltis da Copa América de 2015 e 2016.
Na quarta-feira, os argentinos aproveitaram-se do péssimo momento de um brasileiro. Abel Braga não pode e não deve ser um treinador de um time que está na Libertadores. Sequer sabe o nome de seus atletas. O seu Internacional pegou um Boca Juniors, no Beira Rio, com uma vontade tamanha de conquistar o tão sonhado heptacampeonato da Libertadores. Principalmente após a morte de Maradona. Tévez assim o fez, comemorando com uma camisa usada pelo próprio Diego quando Carlitos sequer houvera nascido. A classificação está logo ali.
Na quinta-feira, foi o golpe final. O Vasco da Gama não soube aproveitar de sua grandeza. Tudo bem, perdeu Germán Cano, o homem-gol vascaíno. Mas não se pode perder para esse Defensa y Justicia. Perdeu gols, entregou o resultado com a falha do goleiro. Não é aceitável. Conseguiram dar mais um alento para Hernán Crespo, tão questionado no cargo do Defensa.
Mesmo o Gigante da Colina estando em uma péssima fase e beirando o rebaixamento, este era um dos poucos confrontos mais favoráveis aos brasileiros. Aconteceu que no final, dos dois clubes que estão em um péssimo momento em suas ligas (ainda que a Liga Argentina atual não valha para nada), o Defensa y Justicia saiu melhor.
Entre mortos e feridos tupiniquins, azar do Unión de Santa Fé dentre todos os Argentinos nas Copas continentais.. Na partida de ida, foi melhor mas parou no goleiro Douglas Friedich, que voltou a fazer boas partidas em 2020. Na volta, pressionou novamente o arqueiro do clube baiano –de novo o melhor em campo. Mas o fato de ter um jogador a menos durante todo o segundo tempo, ainda mais um jogador ofensivo como Mauro Luna, pesou no resultado. E tornou-se o único argentino eliminado.
Os argentinos por pouco não gabaritaram. O Bahia não deixou pois demonstrou competência e soube se segurar. O nível da equipe é igual ao do Unión. Igual ao do Defensa y Justicia. Mantendo esta postura, com defesa sólida e boas atuações de Dougas Friedich, as semifinais estão aí para o Tricolor de Aço.
Bom destacar que esta semana outros três times argentinos avançaram a próxima fase de suas competições continentais. Na Sul-Americana, o Lanús goleou o Bolivar por 6×2, em casa. Enfrentará o Independiente, que passou fácil pelo Fénix, do Uruguai, por 4×1. Desta forma, uma equipe argentina já estará nas semifinais do torneio secundário das Américas.
O terceiro argentino é o Vélez Sarsfield, que mesmo jogando fora de casa goleou o Deportivo Cali por 5×1. Seu adversário nas quartas de final será o Universidad Católica. Vencendo, poderá fazer um duelo argentino nas semifinais da competição.
"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…
As apostas no futebol estão em franco crescimento no Brasil, impulsionadas pelo aumento das casas…
A seleção de 1978 teve como principal celeiro o River Plate: foram cinco convocados e…
Originalmente publicada pelo aniversário de 60 anos, em 15-07-2014 Segundo diversos sites estrangeiros sobre origens…
Originalmente publicado em 12 de julho de 2021, focado na inédita artilharia de Messi em…
A Copa do Mundo de Futebol é um dos eventos esportivos mais aguardados e assistidos…
This website uses cookies.
View Comments
Neste ano, além das classificações argentinas relatadas no texto, também tivemos o Independiente batendo o Fortaleza do Ceni e o Unión Santa Fe despachando o combalido Atlético Mineiro do Dudamel na Sula.
Por enquanto, são 6 classificações e meia para os argentinos, Boca eliminando o Inter loading. Depois eu ainda ouço que no passado os argentinos só ganhavam mais a Libertadores por doping e esquema.
Neste ano, além das classificações argentinas relatadas no texto, também tivemos o Independiente batendo o Fortaleza do Ceni e o Unión Santa Fe despachando o combalido Atlético Mineiro do Dudamel na Sula.
Por enquanto, são 5 classificações e meia para os argentinos, Boca eliminando o Inter loading. Depois eu ainda ouço que no passado os argentinos só ganhavam mais a Libertadores por doping e esquema.