A má sorte do Rojo vem desde a pré-temporada de verão, onde só ganhou um jogo (contra o Boca e com um gol contra de Schiavi) e perdeu do seu major rival, o Racing. A equipe amarga a última posição no campeonato e hoje era a oportunidade ideal para mudar um pouco esse cenário complicado. Por isso mesmo decidiu fazer algumas coisas diferentes. Preferiu jogar com seu segundo uniforme e atuou de azul, deixando sua cor tradicional para os visitantes que vestiram sua camiseta principal, de um vermelho vibrante. Novamente não deu certo.
Talvez por essa troca de identidade, o Argentinos se sentiu em casa e logo aos 7 minutos, Nico Batista numa violenta cabeçada, abriu o placar para os visitantes após cobrança de escanteio, Bicho 1 a 0.
Dessa forma seguia a partida, com os visitantes mais agressivos e sentido-se locais, diante de um Independiente sem forças e que raras vezes ameaçava com algum perigo. Num geral, tratava-se de uma partida feia e sem grandes lances de emoção. Aos poucos o Rojo foi se soltando mais e estabilizou a calma que o impulsionava para buscar o empate.
Aos poucos o jogo deu um giro e se inclinava mais para o lado da equipe local que, apesar de ter o controle da bola, não conseguia gerar lances de criatividade que pudessem animar o bom público presente no místico estádio Libertadores da América, referência a tempos gloriosos do clube que nem de longe se parece a seca de gols e péssimo futebol que o Rojo atravessa.
Mas na metade da primeira etapa, a preocupação era com a iluminação. Uma fase dos refletores não acendeu por completo e o árbitro, Beligoy, decidiu interromper a partida aos 27 minutos. Após uma larga espera a luz retornou e com ela o futebol. Logo nos primeiros instantes com o campo devidamente iluminado, o Rojo enxergou o caminho correto e quase chegou ao gol com Vidal que concluiu de cabeça uma boa jogada tramada pelo lado esquerdo do ataque. Agora era pressão do Independiente em busca da igualdade.
Dessas coisas que tem o futebol, some a fase tenebrosa do Rojo, uma falha grotesca de Navarro e o resultado será o segundo gol do Argentinos Jrs. depois de um chute de longe de Bordagaray, o goleiro local falhou e viu a bola escapar ligeira por suas mãos e morrer no fun do do gol, agora tudo parecia mais difícil ainda, Bicho ampliava para 2 a 0. O Rojo ainda reclamou um pênalti no final do primeiro tempo, mas teve que se contentar em ir para os vestiários com a cabeça inchada e os protestos de sua torcida, que já fazia escutar sua insatisfação.
Na volta para a etapa complementar, os donos da casa tinham pressa em marcar logo de cara o primeiro gol que aliviasse um pouco a tensão, mas novamente esbarravam na falta de criatividade de seu meio campo. Ramón decide trocar e coloca Defederico no lugar do apagado Busse. Depois foi a vez de Facundo Parra entrar por Benitez, era tudo ou nada a aposta de Diaz.
O Argentinos chegava com contra-golpes e Bordagaray num arrancada do meio de campo, limpou dois defensores e cruzou para o centro da área, Tuzzio, na tentativa de salvá-la, por pouco não marca contra o terceiro, que saiu minutos depois num verdadeiro golaço de Barzola. Uma bomba de fora da área, cravou no ângulo, 3 a 0.
No minuto seguinte, aos 18 o Rojo conseguiu o desconto com Battión também num golaço, de primeira finalizou um cruzamento que veio da esquerda e colocou no canto direito, beijando a trave. Justo no minuto 18, quando o Independiente ia igualando a marca negativa de 333 minutos sem marcar um gol, agora Argentinos 3 a 1 e o jogo ganhava muito em emoção com correria de ambos os lados. Aos 27, Hernandéz faz boa jogada, dribla Milito e escapa sozinho rumo ao quarto gol, invade a área e tenta tocar por cima de Navarro que desta vez se recupera, fecha bem o ângulo e salva o que decretaria uma goleada visitante em Avellaneda.
Mas foi tudo, vitória do Bicho por 3 a 1, diante de uma péssima partida do Independiente, prevaleceu a eficácia do Argentinos Jrs que nem de longe fez um jogo brilhante, mas soube ser mais efetivo e aproveitar-se do desespero do rival, que agora soma quatro derrotas consecutivas e desde 2008 não vence o clube da “Paternal”.
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