Argentina terá no mínimo 12 vagas nas competições da CONMEBOL

Como era de se esperar, a CONMEBOL divulgou nesta segunda-feira que a Argentina terá mais uma vaga à próxima Libertadores de América. À AFA caberá decidir como escolherá o seu sexto candidato. Brasil recebeu mais duas vagas, Colômbia e Chile mais uma. Todos eles, juntamente com a vaga do campeão da Sul-Americana, comporão um número final de 44 disputantes da principal competição de clubes das Américas.

A Conmebol definiu por fim que a próxima edição da Libertadores contará com as novidades já anunciadas. Dentre elas está o fato de que tanto a Sul-Americana quanto a Libertadores serão disputadas por toda a temporada; do começo ao final do ano. Importa ainda o fato de que a partir de certo momento das competições, uma delas, a Libertadores, cederá 10 de seus disputantes eliminados para a Sul-Americana. Ou seja, os dirigentes da CONMEBOL seguem acreditando que o cenário futebolístico da América do Sul é igualzinho ao europeu. Cessão de clubes de uma competição à outra é semelhante ao que ocorre na relação da Champions com a Europa League. Só um exemplo.

Após o anúncio prévio da semana passada, muitas confusões e polêmicas saltaram às vistas pelas entradas irresponsáveis, mas muito bem pensadas, do presidente Alejandro Domínguez. O que as pessoas tiveram dificuldade para entender é que as falas de Domínguez, de que haveria convite ou que a final da Libertadores seria realizada em jogo único, serviam justo para avaliar até onde os cartolas da entidade poderiam avançar com as reformas das competições da entidade sul-americana. Ao menos neste momento, essas duas ideia estão fora de questão devido ao rechaço que sofreram de todos os lados. De concreto, o que muda se configura principalmente no aumento no número dos clubes e no formato da disputa da Sula e Libertadores.

Ninguém até agora entendeu por que o Brasil ganhou duas vagas, uma a mais do que a Argentina, principalmente pelo fato de que em termos de presão sobre a CONMEBOL a CBF é uma nanica perto da AFA. Vagas do Brasil vão a sete; uma a mais, portanto, do que as da Argentina. Se as recentes conquistas colombianas justificam o aumento de vagas a quatro participantes, parece absurdo qe o mesmo ocorra com o Chile, que em termos de clubes acumulam fiascos nas últimas competições continentais. Além disso, Peru, Equador, Venezuela, Bolivia, Uruguai, Paraguay e México mantém, cada um, os seus três disputantes. Completam o número de 44 a vaga ao detentor do caneco da Sul-Americana e o da própria Libertadores.

Fica decidido, portanto, que a Argentina terá um total de 12 vagas às duas competições continentais: seis para a Sul-Americana e o mesmo número à Libertadores. Quanto à vaga a este torneio, caberá à AFA definir como ele será aclamado. No momento, Lanús, San Lorenzo, Estudiantes de La Plata e Godoy Cruz são os já classificados à Libertadores. O outro, sairá da Copa Argentina. Além da sexta vaga já confirmada, “los hermanos” poderão dispor de uma sétima vaga, caso o San Lorenzo conquiste a Sul-Americana.

A CONMEBOL divulgou ainda que as disputas da Libertadores irão de fins de janeiro e começo de fevereiro a fins de novembro e início de dezembro. Já a Copa Sul-Americana se estenderá de março a fins de dezembro. Dos dez disputantes que esta competição herdará da Libertadores, oito virão dos terceiros colocados da fase de grupo, além dos dois melhores aproveitamentos entre os quartos colocados na competição maior.

Essas mudanças refletem a tentativa da CONMEBOL em popularizar suas competições e arrecadar mais dinheiro com publicidade, principalmente das verbas das TV’s. Sonho de Alejandro Domínguez, a médio prazo, é estender as disputas da Libertadores para todas as Américas. Parece absurdo de acontecer, mas é bom termos em conta que os cartolas são capazes de tudo, desde que entre mais dinheiro na entidade que administra o futebol na América do Sul.