Argentina entra nas semi sem pressão, mas com o desejo de voltar a uma final
São Paulo – O fim do jejum de 24 anos sem estar nas semifinais, retratado com gritos de desafogo, marcou o último sábado para os argentinos. Tanto que ao fim do confronto, vários jogadores comemoravam o feito ao dizer que o objetivo inicial fora cumprido: o de jogar sete partidas neste Mundial. Com o passar dos dias, a ficha começou a cair e eles perceberam que ainda havia outra possibilidade: a de conquistar a vaga na final, seguido de um hipotético tricampeonato.
Ainda que com isso em mente, no duelo contra os holandeses, nesta quarta-feira, às 17h, na Arena Corinthians, o que se percebe é uma Argentina sem pressão alguma ou responsabilidade. Apesar de ser uma seleção de peso no cenário Mundial, para a grande parte da mídia a semifinal já era o ápice. “A pressão sempre existe, mas agora é algo extra, diferente”, disse Alejandro Sabella.
Apesar de franco-atiradores, os argentinos podem ir a campo com uma postura bem defensiva. É bem provável que Sabella arme uma equipe com cinco defensores e três meias que sabem marcar para evitar uma tragédia.
Isso deixa Lionel Messi vai isolado, junto com Higuaín, o que pode prejudicar o estilo de jogo do craque. Ainda mais sem Di María, lesionado. Outra opção é manter o esquema de jogo utilizado entre os 33 minutos em diante, com Lavezzi ajudando no ataque – mesmo que sem precisão nos chutes e cruzamentos.
O fato positivo do elenco é que nunca houve a confiança ou otimismo exagerado sequer dos jogadores ou da comissão técnica. Pelo menos diante da imprensa. A partir da classificação para as semifinais o discurso mudou um pouco, com mais confiança.
“Viemos com a intenção de chegar o mais longe. Queremos mais do que as semifinais e não podemos nos conformar. Já ganhamos, mas vamos ver se ganharemos mais”, finalizou o treinador da Seleção Argentina.