2007: Boca Juniors 3×0 Grêmio; Grêmio 0x2 Boca Juniors
Naquela ocasião, era clara a superioridade do elenco xeneize, embora o Tricolor gaúcho tinha a seu favor uma zaga menos atrapalhada e um técnico mais astuto.
La Bombonera viu os melhores resultados de Riquelme, Palermo e companhia, enquanto longe dela as coisas eram bem mais tenebrosas, salvo o jogo contra o Libertad. Mas o próprio time paraguaio compreendeu algo que, se tivesse sido aplicado pelo Grêmio, poderia ter mudado o destino daquela Copa. Eles entenderam a importância de se defender com inteligência.
Nas laterais, Ibarra e Clemente Rodriguez, e no meio, Roman e, às vezes, Neri
O Grêmio matou essa aula, e pagou o preço. Além de deixar as laterais livres, tinha pouca atenção para com as genialidades de um Riquelme no auge de sua qualidade. E pior, nos lances de bola parada sempre sofriam com a dupla Pa-Pa, chegando a sofrer um gol no primeiro tempo e quase tomar outro na etapa final. Tendo ainda o problema de um Tcheco irreconhecível, a reação não foi possível, o 3×0 foi inevitável, e com ele veio a pressão psicológica no Olímpico que facilitou o hexacampeonato do Boca Juniors.
2009: Estudiantes 0x0 Cruzeiro, Cruzeiro 1×2 Estudiantes
Desde a chegada de Alejandro Sabella, o Estudiantes se notabilizou por jogadr de forma metódica. Não eram retranqueiros, nem tão pouco eram de fazer um gol solitário e depois se fechar. No entanto, priorizavam sempre a solidez defensiva antes de correr qualquer risco desnecessário. Numa comparação com proporções devidamente guardadas, era como se jogassem como o São Paulo tricampeão brasileiro.
E la se foi a Raposa, embalado por um Mineirão lotado e empolgado com o favoritismo justificado por um elenco forte e em boa fase. Talvez este favoritismo tenha interferido nas mentes dos jogadores, ou talvez a própria alegria em excesso da torcida, isso eu não posso garantir com certeza. O que digo embasado pelo que vi foi uma falta de paciência para manter a posse de bola. Para furar qualquer sistema defensivo forte, é necessário calma e criatividade, e nenhum dos dois estavam com os comandados de Adilson Batista.
E por mais ilógico que soe, tudo se agravou depois do gol vindo do chute de
O ponto a ser destacado nestas duas decisões é mesmo a falta de preparo adaptada a cada momento. O adversário pode ser o mais temível ou pode estar acuado por não ser favorito. Não importa, pois sempre que um time argentino não for encarado com inteligência, de igual para igual, o resultado tenderá a se repetir. E a goleada continuará a crescer.
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