Já há alguns anos, o Brasil vem adotando um sistema com diretores de futebol, o conhecido manager em relação ao futebol europeu. Felipe Ximenes e Rodrigo Caetano, por exemplo, chegam a ser disputados ano após anos pelos principais clubes. Contudo, são poucos aqueles sabem diferenciar o seu cargo sem influenciar com os treinadores.
Na Argentina, no entanto, a moda ainda não conseguiu deslanchar. Apesar de várias tentativas, somente alguns conseguiram lidar com a pressão de ser o responsável por montar o plantel da equipe. O mais recente deles é Enzo Francescoli, ídolo do River Plate e que assumirá tal função.
Os grandes clubes, no entanto, não vêm têm tendo uma sorte quanto a isso. Recentemente, Carlos Bianchi (Boca Juniors) e César Luis Menotti (Independiente) não obtiveram êxito. O primeiro devido a tentativa da diretoria de colocá-lo sempre na lista de possíveis novos treinadores – só veio a ocorrer anos depois. Já no Rojo, Americo Gallego não aceitou algumas exigências de Menotti e tudo foi por água abaixo.
Um dos principais nomes que tiveram êxito na Argentina foi Christian Bassedas, no Vélez Sarsfield, que conquistou quatro títulos locais em cinco anos. “Para funcionar precisamos de respaldo. Além disso, precisa haver uma compatibilidade com o treinador, pois é uma posição incomoda”, destacou.
Ainda que tenha o respaldo, o nome de Bassedas sempre está nos bastidores para assumir a vaga de treinador do Vélez Sarsfield. Durante o sorteio da Copa do Mundo, o Futebol Portenho apurou que Bassedas poderia assumir o comando técnico do clube, algo que foi negado dias depois com a promoção de Turu Flores, auxiliar técnico de Gareca durante os últimos anos.
Outro que vem desempenhando uma função de manager na Argentina é Bernardo Romeo, no San Lorenzo. Desde sua chega, o time melhorou gradativamente, saiu da parte debaixo da tabua de promédios e é um aliado de Bauza. “Devemos ter um nexo, tomar decisões, orientar o reforços e trocar ideias. Assim foi com Juan Pizzi e agora com Bauza”, destacou
Ainda assim o número de sucesso é pouco. Os clubes, diferentemente do Brasil, usam nomes que fizeram parte da história da entidade, mas ainda assim não consolidou. Os dirigentes, nitidamente, demonstrar um certo medo em incorporá-los, mas devido ao sucesso de um médio que tenta ser grande há alguns anos, a tendência é apostar nesses nomes, mesmo com a crise que assola o país e deixa o futebol argentina cada vez mais fraco.
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