Apesar de estar na ponta da tabela no atual torneios, o Racing é uma das maiores decepções do ano. Com um investido de campeão, o time de Avellaneda está totalmente fora, por mais uma vez, da Copa Libertadores da América e distante do título argentino. E um dos responsáveis pode ser Diego Simeone. Dirigentes já admitem que o treinador deva ficar até o fim do ano, mas que os próximos resultados serão determinantes para definir o futuro do técnico.
O treinador, que normalmente não foge das entrevistas coletivas, sequer apareceu na sala de imprensa no estádio Quilmes, após o nono empate na temporada, este último contra o Estudiantes LP, jogando com um a mais desde os 30 minutos do primeiro tempo. Atualmente, o Racing só está na parte de cima da tabela por ainda não ter sido derrotado no Apertura – ao lado do Boca são os únicos invictos.
Além disso, alguns jogadores já se mostraram contrários com a postura do treinador em alguns treinamentos e alguns jogos, o que aumenta a possibilidade de um complô para derrubar Cholo.
O candidato a presidência do Racing, Gastón Cogorno, candidato direto do atual presidente Rodolfo Molina, admitiu que os resultados nas próximas rodadas serão levados em conta para a continuidade de Cholo. “Simeone tem contrato com o Racing até junho e a idéia é mantê-lo no cargo, mas vai depender dos resultados”, destacou. O próprio dirigente reconheceu que os torcedores “não agüentaram de tanta impotência e primeiro vaiaram a equipe e logo após o treinador”.
Título distante
O goleiro Sebastián Saja, ex-jogador do Grêmio, admitiu na tarde desta terça-feira (01) que o Racing está praticamente fora do título, principalmente pela fase atual do Boca, líder absoluto do Apertura. “É possível que eles percam alguma partida, mas é muito difícil que percam dez pontos. Mas o problema não é que o Boca perca e sim que nós não conseguimos ganhar”, destacou.
Saja ainda se mostrou surpreso com a postura da equipe na partida de ontem, quando com um a mais, não conseguiu produzir praticamente nada. “Não encontramos idéias, não encontramos futebol, em nenhum momento pudemos ser superiores ao Estudiantes, seja em posse de bola ou no futebol. Não conseguimos encontrar a vantagem apesar de ter um jogador a mais. Ontem, o que mais me preocupou foi que não encontramos respostas futebolísticas dentro do campo para superar o Estudiantes”.
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