Após greve do Colón, Grondona avisa aos endividados: “Não me peçam mais dinheiro”
Em meio a recente greve dos jogadores do Colón, que se negaram a entrar em campo na partida contra o Atlético Rafaela no último fim de semana, o presidente da AFA, Júlio Grondona foi sucinto ao dizer que ajudará, pela última vez, um clube endividado. Os jogadores do Colón estão a sete meses sem salários.
O dirigente mostrou-se impaciente quanto a uma possível nova ajudar aos clubes que estão em grave situação financeira e ressaltou que este será a última vez que a AFA irá ajudar os clubes.
“O que aconteceu em Santa Fé é muito grave. Assim, digo que o último clube que vamos ajudar economicamente é o Colón. Não haverá mais dinheiro para ninguém. Não me venham mais pedir dinheiro. É hora de que os clubes arquem com as suas despesas”, disparou o cartola em uma reunião do Comitê Executivo.
O recado não foi apenas para os dirigentes do Colón, mas também para todos os demais clube que estão em situações financeiras delicadas, uma vez que a crise no futebol local atinge à várias equipes argentinas. Algo que explica a baixa qualidade técnica dos campeonatos locais e as recentes quedas de times tradicionais, como River Plate e Independiente – lembrando que o San Lorenzo, hoje líder, só se salvou graças ao empresário milionário Tinelli.
O Atlético Rafaela, que não precisou entrou em campo mas não jogou, pode ganhar os pontos da partida contra o Colón, chegando aos 27 pontos e sonhando com um possível título. Já o Colón pode perder até nove pontos, por determinação da Fifa.
A AFA ainda deseja que a partida seja remarcada para evitar que os clubes sejam punidos com a perda de pontos. O dirigente do Rafaela, Gabriel Carlucci, no entanto, quer os pontos da partida, salvo que o Tribunal de Disciplina “obrigue” o clube de viajar novamente para encarar o Colón. A decisão final será conhecida no dia 28 de novembro.