Em qualquer reta final de campeonato sempre aparecem especulações sobre arranjo de resultados. E nessa última rodada do Clausura, com tantos times ameaçados pelo descenso, não poderia ser diferente. Ela diz respeito aos vínculos de Antonio Mohamed, treinador do Independiente, com o Huracán, time de seu coração. Essa relação já foi alvo de suspeitas antes.
El Turco nasceu e cresceu em Vila Soldati, próximo à cancha do Huracán. Sei pai, Antonio, era torcedor doente do Globo. O resultado não poderia ser outro: Mohamed é torcedor fanático do clube desde criança, e passou pelas categorias de base do Globo antes de chegar ao time principal. Em 1990 foi peça essencial no retorno da equipe à primeira divisão, marcando inclusive o gol da vitória na partida que valeu o acesso, contra o Los Andes (em 2007 novamente colocaria o Huracán na primeira, agora como treinador). As boas atuações do jovem atacante chamaram a atenção, e em 1990 Mohamed foi vendido à Fiorentina.
O clube italiano, por sua vez, o emprestou ao Boca Juniors. E Mohamed era titular na equipe treinada por Oscar Tabares, até que chegou a hora de enfrentar o clube de seu coração. O treinador uruguaio lhe ofereceu a opção de ficar de fora, mas Turco insistiu em entrar em campo. E ainda no primeiro tempo lhe sobrou uma bola limpa, na marca do penalti. O atacante ao inves de marcar o gol parou a bola e rolou na dividida para Diego Latorre, possibilitando à defesa afastar o perigo.
O lance selou o fim da passagem de Turco pelo Boca. O jogador foi substituído no intervalo e não teve o vínculo renovado, indo para o Independiente ao final daquela temporada. Na opinião geral o jogador não quis (ou não teve coragem de) fazer um gol em sua equipe do coração, até porque a torcida quemera estava concentrada atrás do gol onde o lance transcorreu.
Antonio Mohamed sempre negou essa interpretação. Em sua declaração mais conhecida sobre o episódio, disse que: “Tive a bola dentro da área para chutar mas não o fiz. Preferi passá-la a Latorre, que vinha atrás de mim. Depois disso a torcida do Boca nunca me perdoou, pois dizem que errei de propósito. Lamento, mas as coisas no futebol são assim”. Mas quando voltou ao clube, como treinador, o diário Olé lhe atribuiu a seguinte declaração: “Quem vai me falar de lealdade ao Huracán, se jamais teve a bola quicando na sua frente em plena Bombonera e a tocou para trás?”.
Por essas e outras, Antonio Mohamed é um ídolo histórico do Globo. E muitos vêem uma prova mais recente disso, quando Turco escalou um Independiente totalmente reserva na última partida do Apertura 2010. O resultado foi uma vitória do Huracán, sem a qual o clube estaria agora na zona do descenso direto, sem depender mais de si proprio. Para muita gente não há coincidência nisso: é o velho coração quemero de Mohamed se manifestando. E há quem pense que o mesmo voltará a acontecer na próxima rodada, a mais decisiva de todas. Já se atribuiu a ele a frase “prefiro morrer do que mandar o Huracán para a Nacional B”
Veja abaixoum compacto da partida entre Boca e Huracán em 1991. O lance que causou toda a polêmica ocorre logo no início, quando a partida ainda estava 0 a 0.
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o lance q vcs falam nao esta ae
o lance foi um mano a mano e el turco chuto pra fora
VAMOS HURACAN!!!