Desde Buenos Aires – Matias Almeyda, um nome sagrado na bíblia Millonaria. O ex-jogador e atual técnico do River Plate, foi condecorado na noite de ontem pela Legislatura de Buenos Aires. Almeyda foi homenageado como personalidade destacada no âmbito esportivo. E merecia mesmo. Tem sua história de vida ligada ao clube de Nuñez, onde viveu os melhores momentos de sua carreira e a tristeza que ainda tenta superar; o rebaixamento para a segunda divisão. Pela seleção argentina disputou duas Copas do Mundo (1998 – 2002) além das Olimpíadas de 1996.
Almeyda fez sua estreia na equipe principal do River quando ainda era garoto em 1992 na vitória contra o Unión de Santa Fé. Durante sua trajetória no meio de campo, caracterizou-se pela vontade e forte marcação. Atuou ao lado de outros ídolos do clube como; Enzo Francescoli, Crespo, Sorín e Ortega. Fez parte da máquina de Ramón Diaz, o River Plate campeão da Copa Libertadores de 96, a torcida sabia a escalação de cabeça.
Chega a oportunidade de jogar no velho continente. É negociado com um valor elevado para a época e alcança grande sucesso atuando pela Lazio-ITA. Segue na Europa até 2005 quando regressa à Argentina para atuar pelo Quilmes, mas em 2007 alegando problemas pessoais e depressão, Almeyda resolve aposentar-se prematuramente.
Retorna ao futebol em 2009 e como bom filho, busca o River. Nesta época Matias treinava, concentrava-se e jogava sem receber salário. O clube atravessava uma grave crise financeira e por vontade própria, não cobrava por seus serviços. Foi mais do que suficiente para ganhar o respeito da torcida. A imagem do clássico contra o Boca na Bombonera, quando é expulso e sai de campo beijando e mostrando o escudo do River para a torcida xeneize, dificilmente será apagada da retina dos fãs.
Deixou os gramados e faixa de capitão depois do empate contra o Belgrano que decretou a queda para a série B. Porém a moral e o carinho que todos no clube têm por ele, não permitiu que se afastasse mais do que permite a linha lateral. E lá segue o incansável Almeyda dos tempos de jogador, um pouco menos enérgico agora, mas sendo mais que um simples técnico, é um torcedor que veste a camiseta de seu clube todos os domingos.
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Esse é, e sempre será, um ídolo verdadeiro. Quero ver esses que beijam escudos no Brasil ter uma atitude parcecida com a de Almeyda. Este comprometimento com o clube do coração é uma das razões da minha paixão pelo futebol argentino.
Sou Boquense, mas sou fã do futebol e das atitudes do Almeyda!!!