Parecia que vinda de um novo técnico e a vitória sobre o arquirrival Racing inaugurariam uma nova fase para o Independiente. Afinal de contas, um triunfo sobre o adversário mais importante costuma ser um divisor de águas para qualquer time que vem em má fase. Mas bastou apenas um jogo para que toda a ilusão caísse por terra e a dura realidade voltasse à tona para os torcedores do Rojo.
O All Boys não recebia o Independiente no seu estádio desde 1979. Vinha de três jogos sem vitória e seu “promedio” já estava próximo do quociente do River, o primeiro dos ameaçados pelo rebaixamento. Por isso, o técnico do “Albo”, José Santos “Pepe” Romero, prometia atacar a equipe comandada por Antonio Mohamed desde o início do jogo.
E foi exatamente o que se viu na Floresta. Logo aos três minutos o uruguaio Juan Pablo Rodríguez invadiu a área do Rojo pela esquerda e obrigou Gabbarini a fazer boa defesa. Um minuto depois, o All Boys abria o placar. Depois de uma bola levantada na área, Domínguez cabeceou para o gol e obrigou Gabbarini a realizar ótima defesa. Mas o lateral-direito Ferrari pegou o rebote e colocou pra dentro. O All Boys abria o placar.
A tarde começava muito mal para o Independiente. Cinco minutos depois de tomar o gol, o time de Avellaneda perdeu o meio-campo Godoy, que teve que ser substituído por conta de uma contusão. Gracián entrou no lugar dele e viu seu time ser engolido pelo ataque rápido do All Boys.
Aos 13 minutos de jogo, um erro do ataque do Independiente proporcionou um contra-ataque rápido pela esquerda. A jogada teve início com Pérez García, que começou como titular substituindo a Grazzini, roubando a bola e lançando em profundidade Rodríguez. Ao contrário do lance do início, o atacante uruguaio chutou sem ângulo e surpreendeu Gabbarini. Êxtase na Floresta. All Boys 2 x 0 Independiente.
O placar deixou o Rojo contra as cordas. Os mesmos erros vistos nas partidas contra o River, Banfield e Godoy Cruz voltavam a acontecer. Meio-campo sem criatividade, laterais que deixavam espaços e zagueiros lentos, errando sobretudo nas bolas aéreas. Um panorama de horror. Somente aos 20 minutos o Independiente conseguiu fazer sua primeira jogada de ataque. E a tarde seguia além de horrorosa, azarada para os comandados de Mohamed.
Numa disputa com o atacante Matos, o goleiro Gabbarini foi atingido na cabeça. O jogo mais uma vez foi paralisado para que o departamento médico do Rojo entrasse em campo. Depois de quatro minutos e uma incrível resistência do goleiro em continuar na partida (o médico quase o puxou pela camisa para sair), o Independiente fazia sua segunda alteração em menos de 30 minutos. Navarro, melhor jogador do clássico da semana passada, entrava no lugar do lesionado Gabbarini.
O All Boys, que nada tinha a ver com os problemas do Independiente, seguia no ataque. Rodríguez, Pérez García e Ereros levavam o pânico à defesa do Rojo, que continuava a deixar espaços para o time alvi-negro. A sorte do time vermelho é que a pontaria dos atacantes do “Albo” não estava em dia e o jogo seguia 2 x 0, com direito a gritos de “Olé” dos torcedores presentes na Floresta.
Quando o primeiro tempo já estava no final, uma falta pela esquerda colocou o Independiente de volta no jogo. O levantamento para a área encontrou Facundo Parra, que desviou para o gol, sem chance para o goleiro Cambiasso. O ex-atacante do Chacarita diminuía o placar na Floresta e assim a promessa era a de um segundo tempo emocionante.
A promessa durou exatos três minutos e meio. Numa cobrança de escanteio o zagueiro Casteglione nem precisou sair do chão para colocar a cabeça na bola e fazer o terceiro gol do All Boys. Mais uma vez a defesa do Rojo não subiu como deveria para cortar um cruzamento e esse gol dava a ela o status de ser a mais vazada do Apertura. Agora, o Independiente tem 19 gols sofridos em 11 jogos.
O gol deu a tranquilidade necessária para o All Boys administrar o resultado durante todo o segundo tempo. O Independiente seguiu como no primeiro tempo, pobre de ideias criativas no ataque e sofrendo com seus zagueiros. Claros sinais de que Antonio Mohamed terá que trabalhar muito para colocar o Rojo no caminho das vitórias e dos bons jogos. E o jogo terminou 3 x 1 para o All Boys.
Com a vitória, o All Boys seguirá por mais uma semana fora da zona de rebaixamento. Na próxima rodada o time visitará o Argentinos Juniors na Paternal. Já o Independiente se prepara para enfrentar os uruguaios do Defensor na terça-feira pela Copa Sul-Americana e receberá o Boca Juniors na próxima rodada do Apertura.
ALL BOYS – Cambiasso, Ferrari (Rimoldi), Casteglione, Domínguez e Panceri; Sánchez, Barrientos e Juan Pablo Rodríguez; Pérez García (Rudler); Matos e Ereros (Torassa).
Técnico – José Santos “Pepe” Romero
INDEPENDIENTE – Gabbarini (Navarro), Baez (Silvera), Matheu e Galeano; Vallés, Godoy (Gracián), Pellerano e Maxi Velázquez; Patrício Rodríguez; Parra e Pacheco
Técnico – Antonio Mohamed
Estádio – Islas Malvinas (Floresta)
Árbitro – Jorge Baliño
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O Independiente não merece esse time medíocre.
"El Rojo" jogou muito mal. A vitória do All Boys foi justa e merecida. Pela péssima campanha no Apertura, isso mostra que muita coisa está errada nos bastidores do Independiente. É preciso mudança de comando.
Dale Albo!!! Floresta esta em festa!!! 3 a 1 e um banho de bola... All Boys caminhando para a sua permanência na Primeira... sensacional!!! Aguante Albo!!!