Arquivo

All Boys passa fácil pelo Unión Santa Fe

Martín Morel foi o dono da pelota na Floresta

Foi sem muitos esforços que o Albo soube vencer o instável conjunto do Unión Santa Fe. Bastou frear o ímpeto do rival, nos primeiros minutos do cotejo, para que fosse o dono do jogo na Floresta. De maneira que aos 30 minutos o Albo já havia virado um cotejo que saíra perdendo, com um gol de Donnet no início. Contou com o erro tático de Kudelka, que recuou o próprio Donnet para buscar o jogo junto aos zagueiros, e contou com uma grande exibição do enganche Martín Morel, o dono da bola no encontro. Venceu por três gols e poderia ter vencido por muito mais. De forma que o Albo soma três pontos importantes, enquanto o rival chega ao seu quinto resultado consecutivo de derrota; o que deverá por uma pedra na porta que fecha o caixão de Kudelka como o comandante do banco tatengue.

No início da partida, a impressão era a de que o conjunto visitante tomaria as suas rédeas e surpreenderia o Albo na Floresta. Adiantando a marcação, o Unión Santa Fe foi para o ataque unindo sua linha de quatro meias ao ataque, formado por Cristián Núñez e Franzoia. Assim foi que o Tatengue chegou duas vezes com menos de 10 minutos de jogo.

A princípio, pareceu que o All Boys ou não queira nada com o jogo ou não conseguia lidar com a postura ofensiva do rival. Só que essa impressão não era real. Em vez de adotá-la, o que o conjunto dirigido por Pepe Romero pretendia era estudar o rival no início da peleja.

Aos pouco, o Albo foi igualando as ações e ganhando a maioria das pelotas na meia cancha. Só que foi justamente nesse momento que os visitantes chegaram às redes do time da Floresta. Em uma boa trama que contou com a participação de “el Negro” Núñez, Matías Donnet passou como quis por Soto e arrematou de fora da área para surpreender Cambiasso: 1×0 Tatengue, quando eram decorridos 18 minutos da etapa inicial.

A partir disso, o Albo definitivamente tomou conta da partida. Em parte, porque o Unión pareceu feliz com a diferença mínima e, em parte, porque a maior categoria do Albo, unida à forte marcação e recuperação de bola no meio, deixaram o visitante sem condição até de respirar. Daí que a forte pressão dos locais pareceu excessiva para o Tatengue. E foi bem por isso que cinco minutos depois, o bom enganche Martín Morel foi o nome do gol para o Albo: 1×1.

Longe de se contentar com a igualdade, o Albo manteve a forte pressão nas imediações da área de Perafán. Sem saídas eficientes pelas laterais, o visitante facilitava as coisas para o rival e anunciava a virada rapidamente. Aos 31 minutos, ela finalmente aconteceu. Juan Pablo Rodríguez de frente para o porteiro visitante arrematou com violência, no ângulo e sem piedade: 2×1 All Boys.

Na etapa final, as coisas pareciam no mesmo pé. Isso ocorria também porque o Tatengue repetia um grande erro do primeiro tempo. Ao recuar em excesso a Matias Donnet, para buscar o jogo rente aos defensores, os santafesinos perdiam justamente aquele que poderia ajudar na criação no meio-campo. O setor ficava descoberto e não permitia que um bom trabalho fizesse a pelota chegar ao ataque; ao mesmo tempo em que ampliava o espaço para a criação de Martín Morel, do Albo.

Como o cenário era o mesmo da primeira etapa, não demorou para sair o terceiro gol. Morel aciona Borghello que na frente de Perafán não tem dificuldades para guardar: 3×1 Albo, no quinto minuto do segundo tempo.

A partir disso, o conjunto local diminuiu o seu ritmo, mas ainda assim Martín Morel seguiu carimbando todas as bola na meia cancha e criando várias situações de perigo à meta de Perafán.

All Boys: Nicolás Cambiasso; Hernán Grana, Facundo Quiroga, Matías Lequi, Carlos Soto (Jonathan Ferrari); Fernando Sánchez, Oscar Ahumada, Juan Pablo Rodríguez; Martín Morel (Patricio Toranzo); Iván Borghello e Mauro Matos (Luis Vildozo). Técnico: José Romero

Unión Santa Fe: Martín Perafán; Daniel Pérez, Juan Pablo Avendaño, Nicolás Correa, Maximiliano Lugo; Matías Donnet, Pablo Míguez, Marcelo Sarmiento (Sergio Fernández), Brahian Alemán (Juan Ignacio Cavallaro); Cristian Núñez e Andrés Franzoia (Pablo Magnin). Técnico: Frank Kudelka

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

4 × 5 =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.