AFA define futuro do futebol argentino, mas depende de aval do Futbol Para Todos
Uma reunião na sede da AFA resolveu, na noite desta terça-feira, como será disputado o campeonato argentino nos próximos anos. Pelo menos em teoria. Isso porque toda a reunião no Comitê Executivo da AFA ainda depende do aval do Futbol Para Todos para definir o calendário, repasse de verba, dentre outras coisas.
Após a reunião, que aconteceu no fim da tarde, enquanto a Seleção Argentina perdia para Portugal, o presidente Luis Segura confirmou que em 2015, entre fevereiro e junho haverá um novo torneio curto, assim como nos últimos anos, e que somente no segundo semestre iniciará o torneio largo, com 30 equipes, que irá durar de agosto a maio de 2016.
Como foi dito na semana passada, o torneio será mesmo com dois grupos, com 15 equipes cada time, mas sem descensos ao fim da temporada. “Vamos demonstrar a nossa necessidade ao Futbol Para Todos para terminar de concretizar isso”, esclareceu o presidente. Desta maneira, o futebol argentino se manterá no calendário europeu, um desejo dos clubes grandes que só foi revelado após a morte de Julio Grondona.
O maior impasse de momento é como seria disputado tal torneio. Se fala apenas de confrontos entre os times da mesma chave, o que tornaria uma espécie de módulos da primeira divisão, mas sem confrontos diretos. Outra teoria é o famoso torneio com 29 rodadas, além de uma extra com clássicos. O fato é que, apesar de o torneio estar inchado, não haveria um contingente para clássicos. Alguns jogos seriam repetidos, mas sem qualquer importância para as equipes.
Quanto aos descensos e acessos, começaria apenas em 2016, com quatro clubes caindo e dois subindo, sempre através do promédio. Isso incomodou os times da Nacional B, a segunda divisão. Mesmo tendo 10 acessos em 2014, os clubes só terão a possibilidade de subir no segundo semestre de 2016, ou seja, um ano e meio na segundona. A intenção era que já começasse os acessos e descensos ao fim do ano que vem. Mas a manutenção do calendário europeu impossibilitou isso.
É desenhando é que se aprende:
— Em 2014, não haverá mais rebaixamentos e sobem 10 clubes da B Nacional
— Em 2015, de fevereiro a junho, haverá um torneio curto, com duas chaves de 15 clubes sem rebaixamento e acessos.
— Entre agosto de 2015 e maio de 2016, inicia o torneio largo com 30 clubes. Rebaixamento, através do promédio, e acesso só ao fim deste torneio. Cairiam quatro clubes e subiriam dois.
— Ou seja: a B Nacional não terá acessos por um ano e meio.
— Para chegar aos 20 clubes novamente, o torneio inchado aconteceria até a temporada de 2019/20, sempre com quatro quedas e dois acessos.
— Tudo isso, no entanto, depende do aval do Futbol Para Todos, projeto do Governo que banca o futebol do país.